Notícias
Sem limite de idade
Criança de 12 anos e idosa de 90 recebem alta hospitalar após tratamento para Covid-19 em hospital da Rede Ebserh
Cura foi comemorada após atuação multiprofissional, que envolveu médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentre outros profissionais
Curitiba (PR) – Não tem idade certa nem limite para boas notícias. As vitórias conquistadas após duras batalhas contra a Covid-19 aumentaram após a cura de uma idosa de 90 anos e de uma criança de 12, que receberam alta hospitalar depois de receberem tratamento no Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, vinculado à Rede Ebserh (CHC-UFPR. Trata-se de um marco com um valor simbólico importante: o paciente mais jovem e a paciente mais idosa, ambos curados.
A paciente idosa esteve aos cuidados da equipe da Clínica Médica, recebendo apoio das equipes da Infectologia, Pneumologia e Geriatria. O trabalho da equipe Multiprofissional com fisioterapia intensificada, cuidados dos profissionais da nutrição e da enfermagem, também foram fundamentais no processo de recuperação dentro do atendimento integral à paciente.
Segundo o médico Lucas Gortz, que acompanhou a paciente desde o início, juntamente com as médicas residentes Julia Lopes e Marcella Castro, “o quadro foi manejado com muita atenção e bastante preocupação pelos profissionais por ser uma paciente idosa com comorbidades. A situação mais preocupante foi a hipoxemia (nível baixo de oxigênio no sangue), pela qual necessitou de constante avaliação na forma e quantidade de uso do oxigênio”, relata o médico.
Já o garoto precisou de ventilação mecânica e foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de sua cidade para o CHC, apresentando um quadro clínico grave, com mais de 50% de comprometimento pulmonar. Após 13 dias de intubação, sob os cuidados da equipe médica e multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do HC, o menino apresentou melhoras. “É com grande alegria que estamos conseguindo dar a alta para ele nesse momento, com o trabalho de toda equipe multiprofissional envolvida”, comemora o médico Marcelo Rodrigues, da UTI Pediátrica do CHC.
A atuação fisioterapêutica, desde o princípio, mostrou significativa importância a partir da monitorização diária de parâmetros ventilatórios e da mecânica respiratória, explica a fisioterapeuta Valéria Neves. Segundo ela, “o paciente realizou, diariamente, a mobilização motora passiva, ou seja, por estar sedado, os movimentos do menino foram feitos pelo fisioterapeuta. Esses exercícios mantiveram a função muscular e mobilidade articular do paciente”. Além disso, junto com a equipe de enfermagem “foi importante fazer frequentes mudanças de posicionamentos para a prevenção de lesões de pele e redução das dores musculares. Essas ações já visam a reabilitação durante o período de imobilidade do paciente”, reforça Valéria.
A chefe da Pediatria, Maria Gabriela da Costa, reconheceu o trabalho prestado por todos os profissionais. “Ressalto o nosso compromisso em atender a população com a melhor prática clínica disponível, sem deixar de lado o fator humano, indispensável para o bom atendimento”, concluiu Gabriela.
Atuação da Rede Ebserh
Além do apoio ao ensino, formação e capacitação das equipes assistenciais, a Rede Ebserh implementou o Comitê de Operações Especiais (COE) para definir estratégias e ações em nível nacional para o enfrentamento da pandemia. Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhado em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos COEs desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares.
Tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas. Promoveu processos seletivos emergenciais com a possibilidade de contratação de aproximadamente 6 mil profissionais temporários para o enfrentamento da pandemia
Também disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação (MEC) liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
Com informações do CHC-UFPR/Ebserh