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GESTÃO EM SAÚDE
Contribuição dos Hospitais Universitários para o fortalecimento do SUS é debatida no Congresso da Abrasco
Rede Ebserh contribui para o fortalecimento do SUS no cuidado com o paciente e na formação de profissionais
Fortaleza (CE) – A assistência, o ensino e a pesquisa desenvolvidos pelos 45 Hospitais Universitários Federais (HUF) gerenciados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foram destaque na mesa redonda “Hospitais Universitários e de Ensino na Rede de Atenção à Saúde do Sus”, no 5º Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), nesta segunda-feira (4). O presidente da estatal, Arthur Chioro, exibiu um panorama sobre a atuação dos HUFs, presentes em 25 estados brasileiros e com uma média de 6,4 milhões de consultas realizadas por ano.
Essa estrutura em Rede contribui para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), como destacou o presidente, nos diferentes cenários e localidades do país, acompanhando as demandas dos cidadãos brasileiros. O compromisso está em ser “um hospital de ensino, em seu cenário de prática, mas ser efetivamente parte do SUS, enfrentando as mudanças e complexidades”, defendeu.
A mesa também contou com a participação de Nilton Pereira Júnior, secretário adjunto da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde; de Josenília Gomes, superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), instituição gerida pela Ebserh; e de Alzira Jorge, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora da sessão.A serviço do SUS
A Empresa disponibiliza o Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) a todos os hospitais públicos Brasil. O sistema reúne prontuários e dados de gestão hospitalar. Essa integração a nível nacional “vai permitir melhorar a coordenação do cuidado, a qualidade da informação, a redução de erros, o enfrentamento de emergências sanitárias e a produção de muita pesquisa; somos 27 milhões de prontuários em rede”, uma potência para, entre outros estudos, a pesquisa de doenças raras e de baixa prevalência, destacou Chioro.
Em situações emergenciais mais recentes, por exemplo, a Ebserh atuou junto aos Yanomami, em Roraima; na síndrome respiratória aguda grave no Amapá e nas enchentes do Rio Grande do Sul. “Nós podemos ter um papel fundamental, como rede hospitalar, para a força nacional do SUS, sem grandes deslocamentos, desde que isso esteja articulado”, explicou.
Além disso, a Ebserh, que já é a maior rede neste segmento no sul global, permanece em expansão. Mais recentemente, com os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que pela primeira vez são aplicados nos HUFs, estão sendo recuperadas, construídas e ampliadas estruturas prediais. “Quando olhamos para os hospitais universitários numa perspectiva dos próximos quatro ou cinco anos, há uma revolução em curso na oferta de serviços”, anunciou o presidente.Esse cenário de recuperação iniciou há quase 13 anos com o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) e a Ebserh, como recordou o secretário do MS, Nilton Pereira, em sua explanação sobre os principais momentos da história da saúde no mundo e, em especial, no Brasil. “O Rehuf e a Ebserh são divisores de águas. O Rehuf traz recursos financeiros do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação de forma significativa para dar conta da atualização do parque tecnológico desses hospitais que viveram crises de estrutura física”.
Atuação local
Exemplo prático da política pública aplicada, o Complexo Hospitalar da UFC, no Ceará, teve seus históricos pré e pós Ebserh apresentados pela superintendente, Josenília Gomes, que destacou os indicadores de resultados da instituição. A médica é gestora do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), instituições que formam o Complexo.
Josenília apontou que os desafios são enfrentados com gestão, qualidade, contratualização e infraestrutura, inclusive digital. “Há 10 anos, os dois hospitais não tinham sistema de informatização, os prontuários eram manuais. A implantação do AGHU foi um marco. A partir desse sistema, estabelecemos uma série de outras soluções integradas”, pontuou.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Danielle Campos e Marília Rêgo
Coordenadoria de Comunicação Social/ Ebserh