Séries Especiais
Dia Internacional da Mulher
Com olhar humanizado, mulheres têm deixado sua marca das mais diferentes formas na Rede Ebserh/MEC
Mulheres já mostraram que têm capacidade e direito para estarem onde quiserem
Brasília (DF) – A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que administra 41 hospitais universitários federais em todo o país, tem uma característica única. Com o propósito de Educar para Transformar o Cuidar, os hospitais vinculados oferecem assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que são campo de formação profissional. Nesse contexto, não importa a categoria profissional, a idade, a raça, o tempo na instituição ou a região que atua, as mulheres têm deixado sua marca das mais diferentes formas.
Em Araguaína (TO), a assistente administrativa Luciana Morais, do Hospital de Doenças Tropicais (HDT-UFT/Ebserh), que também tem graduação em Letras, passou por uma experiência enriquecedora quando precisou colocar em prática seus conhecimentos em espanhol, durante a internação de uma venezuelana. Após ela ter se disponibilizado a ajudar, traduziu as informações médicas e oportunizou que o acolhimento dessa mulher ganhasse um rumo mais acolhedor. “Foi a primeira vez que fui à área assistencial. O médico foi passando as informações e eu fui traduzindo. Percebia nos olhinhos dela que quando ele falava, ficava meio confusa. Foi muito bom saber que após minha ajuda, ela estava conseguindo entender e isso passou uma tranquilidade maior. Ajudar alguém a entender toda a vivência dela na sua língua materna foi totalmente novo para mim. Foi muito significativo”, explica. Certamente significativo, para ambas as partes.Esse olhar humanizado tem encontrado um espaço cada vez maior em todas as unidades hospitalares da Rede. Sejam nas maternidades, nos atendimentos de urgência, nos hospitais de pequeno e grande porte. E ele, mais uma vez, tem estado à frente de muitas ações nos quatro cantos do Brasil.
No Pará, a terapeuta ocupacional da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB-UFPA/Ebserh), Daniele Moura, desenvolveu em sua unidade o prontuário afetivo, que permite que pacientes vivenciem, dentro do hospital, momentos que fazem bem e que eles sentem falta por não estarem em seus lares. “O prontuário afetivo me mostrou que conhecendo um pouco da história de vida de cada pessoa, não só a patologia ou só o número de prontuário, faz com que possamos saber que aquelas pessoas têm desejos, têm sonhos. Um dia, por meio da aplicação dele, pudemos perceber que a maioria das pessoas internadas queriam comer pizza. Então preparamos uma tarde de pizza e música [com acompanhamento nutricional]. Foi muito gratificante ver o relato desses pacientes, algo que parecia impossível, conseguimos tornar possível” descreve.Tem como não valorizar cada tempo dedicado por elas neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, mas, principalmente em todos os dias da vida? Elas já mostraram que têm capacidade e direito para estarem onde quiserem.
Por Danielle Morais
Unidade de Reportagem
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC