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“Atividade física é diferente de exercício físico”, explica especialista
Exercícios físicos aumentam a produção de endorfinas, diminuem a tensão muscular e baixam os hormônios do estresse como o cortisol
Brasília (DF) – Você sabia que atividade física não é o mesmo que exercício físico? A profissional de Educação Física do Hospital Universitário de Brasília, vinculado à Rede Hospitalar Ebserh (HUB-UnB/Ebserh), Lidiane Gomes, ressalta a diferença. “Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela contração muscular que resulte num gasto energético acima do nível de repouso. Já o exercício trata-se de movimentos corporais planejados, organizados e repetidos com o objetivo de manter ou melhorar uma ou mais componentes da aptidão física”, define.
Mas para iniciar atividades ou exercícios, é necessária uma avaliação. “A pessoa deve saber junto ao seu médico se não possui nenhum risco para o início da prática de atividade física ou exercícios regulares. Em seguida, deve procurar a orientação de um profissional de Educação Física sobre qual seria a atividade mais indicada para o seu perfil. Somente depois, escolher algo lhe proporcione prazer em realizar e que não se torne uma obrigação diária”, reforça Lidiane Gomes.
Exercícios aumentam a produção de endorfina, diminuem a tensão muscular e baixam os hormônios do estresse como o cortisol. Essas mudanças, na mente e no corpo, podem melhorar a ansiedade, depressão, nervosismo e autoconfiança, melhorando assim o humor. “O incentivo às atividades físicas melhora o desenvolvimento sistêmico e incentiva a criação de hábitos mais saudáveis que repercutirão na fase adulta. Os benefícios avançam, inclusive, no âmbito psicossocial, à medida que um indivíduo que compreende bem o funcionamento do próprio corpo interage com maior assertividade no meio social”, explica Jhonathan Klopper, profissional de Educação Física do Hospital Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio/Ebserh), no Rio de Janeiro.
Para isso, cada vez mais são criadas inciativas nas instituições que reforçam a importância de manter o corpo em movimento. No Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa, por exemplo foi criado um Espaço Fitness com essa finalidade. “Nossos funcionários têm acesso a musculação, treinamento funcional, atividades aeróbicas e pilates solo. Já no caso da reabilitação, os pacientes podem frequentar o Espaço Fitness duas ou três vezes por semana, em horários pré-determinados de acordo com as atividades exigidas pela condição de saúde”, explica Karine Garcia, profissional de Educação Física que coordena o setor.
Mas sempre deve haver uma avaliação pelo profissional credenciado para tal fim, como detalha o presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinhilber. “O papel do profissional de Educação Física é promover a saúde por meio de atividades físicas orientadas, visando à construção de uma sociedade ativa e feliz. Compete a ele coordenar e executar programas e projetos, realizar treinamentos especializados e, como é o caso de hospitais dentro do contexto da Ebserh, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares”, explica Steinhilber.
Sobre a Rede Hospitalar Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administra atualmente 40 hospitais universitários federais, impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas por atender pacientes do SUS, e, principalmente, por apoiar a formação de novos profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a sua natureza educacional, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Coordenadoria de Comunicação Social