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APOIO PSICOLÓGICO
Ansiedade pode levar a sintomas que se confundem com a Covid-19, alerta especialista
Vídeos de profissionais do HULW-UFPB/Ebserh ensinam como fazer atividades dentro de casa
Brasília (DF) – Sensações de medo, angústia e insônia são alguns sintomas causados pela ansiedade decorrente do isolamento social durante a pandemia de Covid-19. O isolamento social pode provocar ansiedade, que propicia sintomas psicossomáticos, como tosse, febre, falta de ar e taquicardia. "Inclusive, a falta de ar, que é um dos principais sintomas da covid-19, é também um dos sintomas da ansiedade, o que faz muita gente confundir os dois quadros", explica o psicólogo da Rede Ebserh, Diogo Bendelak, que atua na Unidade de Atenção Psicossocial do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB-UFPA/Ebserh), em Belém (PA).
Quadros de ansiedade pode afetar a todos, independentemente da profissão ou classe social. Segundo a agência "Administração de Recursos e Serviços de Saúde", do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a solidão pode ser tão prejudicial quanto fumar 15 cigarros por dia. A psicóloga organizacional do Hospital das Clínicas do Recife (HC-UFPE/Ebserh), Lizziane Santos, apresenta quatro estratégias para diminuir a ansiedade e ajudar a manter o equilíbrio em tempos de Covid-19. "Busque informações em fontes oficiais, desenvolva atividades criativas nos dias de confinamento, faça atividade física e fale sobre seus sentimentos", resume.
A preocupação com a saúde mental é compartilhada por outra profissional da Rede Ebserh. A psicóloga organizacional Cláudia Maria Ribeiro, do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), reforça que, nesse cenário de pandemia, não há como tratar a saúde mental como algo de menor importância. Ao contrário: do mesmo jeito que as pessoas precisam cuidar da saúde física, também precisam dar a devida atenção à saúde mental. "Quando ela é cuidada, olhada, ajuda a superar todas as adversidades que vêm ocorrendo", disse.
Ações e projetos
Diversas ações têm sido realizadas para a população pela por unidades hospitalares da Rede Ebserh. Pode ser citado o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará, vinculado à Rede Ebserh, que criou uma central de atendimentos por telefone. "Nós vamos trabalhar no sentido de acolher a pessoa durante essa situação e, se for o caso, encaminharemos para o serviço de rede de atenção à saúde mental oferecido pelo município ou pelo estado e que seja mais próximo para esse paciente, e para serviços psicológicos na modalidade não presencial autorizados pelo Conselho Regional de Psicologia para esse período de pandemia", afirma.
Em Niterói (RJ), o Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap-UFF/Ebserh) estende ao atendimento psicológico a profissionais da saúde e aos familiares dos pacientes que venham a ser diagnosticados com Covid-19 e tenham que ser hospitalizados em isolamento. "Como os parentes não podem visitá-los, pensamos nas práticas humanizadas como forma de aproximar essas pessoas. É tornar possível alguma comunicação da família com o paciente por meio de cartas e desenhos de crianças, por exemplo", explica a psicóloga da unidade, Júlia Reis.
Outra ação é no sentido de aproximar virtualmente os familiares separados pelo coronavírus ou por restrições necessárias ao controle epidemiológico. A Maternidade-escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC/Ebserh), em Fortaleza (CE), e o Hospital Universitário da cidade de Petrolina (HU-Univasf/Ebserh), em Pernambuco, instituíram projetos de visitas virtuais, em que pacientes e familiares interagem por meio de videochamadas, com o uso de tablets.
Iniciativas como essas minimizam a angústia, enquanto que os efeitos do isolamento são estudados. É o caso da pesquisa "Efeitos Psicológicos do Isolamento Preventivo na Pandemia da Covid-19" está sendo realizada no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/Ebserh), que também faz parte do Complexo Hospitalar da UFPA, na capital paraense, que busca identificar as reações emocionais e comportamentos durante o período de isolamento social, de forma a oferecer, futuramente, mais ações de prevenção e tratamento de problemas psicológicos advindos do distanciamento social.
Atuação da Rede Ebserh
Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhando em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos Centros de Operações de Emergência (COE) desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares. Também tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento da Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
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Coordenadoria de Comunicação Social com informações dos HUFs