Alarmes sonoros e visuais em equipamentos são mecanismos que reforçam a segurança do paciente

Brasília (DF) – No contexto hospitalar são utilizados muitos tipos de aparelhos para exames e monitoramento da situação clínica do paciente. Com o uso dessas máquinas, uma estratégia de segurança é extremamente necessária: os alarmes sonoros e visuais, a fim de sinalizar algum problema de forma ágil, favorecendo uma intervenção rápida. Nos Hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), esse recurso também recebe atenção como uma das ferramentas fundamentais para que o paciente siga seguro enquanto recebe assistência à saúde.

Segundo Raphael Pereira, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio), estes alarmes permitem alertar os profissionais de saúde sobre desvios nos parâmetros fisiológicos do paciente em relação aos valores normais, ou seja, sinalizam emergências clínicas, como paradas cardiorrespiratórias e instabilidades hemodinâmicas. “A presença constante de alarmes sonoros e visuais no ambiente hospitalar serve como um lembrete constante da importância da segurança do paciente e da vigilância contínua por parte da equipe de saúde. Isso contribui para uma cultura de segurança mais forte e uma abordagem proativa para evitar eventos adversos”, destacou.

O alerta é imediato e detecta, além de problemas de saúde do paciente, possíveis falhas nos próprios equipamentos, aponta Gilson Oliveira, chefe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Isso proporciona uma redução de erros, descreve Gilson, porque aumenta a vigilância e a manutenção das máquinas, promove melhoria na qualidade do cuidado e otimização do tempo da equipe.

Cada equipamento tem funcionamento específico, conforme manual e orientação do fornecedor, esclareceu Flávia Mineo, chefe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Universitário Júlio Müller, da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT). Portanto, “há a necessidade de uma capacitação permanente de toda equipe assistencial para o manuseio e verificação adequados destes equipamentos e seus alarmes”, ressaltou. A combinação entre som e imagem é um recurso para que seja possível ouvir, mesmo à distância, quando houver alguma alteração; e localizar visualmente, com o alerta no monitor, qual dos equipamentos está alarmando, além de identificar a gravidade da situação, exposta, em geral, pelas cores vermelha ou amarela.

Campanha Nacional Ebserh

As rondas nas unidades assistenciais para verificação dos alarmes, como uma das ações da Campanha da Ebserh pela Segurança do Paciente, foram realizadas nos Hospitais Ebserh no dia 25 de abril. No HU-UFJF, foi verificado o funcionamento de equipamentos e a frequência de monitoramento deles. No HUGG-Unirio, a ação educativa foi feita nos setores críticos, incluindo a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), Centro de Terapia Intensivo (CTI) Adulto, Centro-Cirúrgico e Centro Obstétrico. O HUGG-Unirio também irá elaborar um plano de ação que contemple o uso adequado dos alarmes, sua programação e treinamento da equipe para uma resposta eficiente.

As visitas aos setores do HUJM-UFMT foram iniciadas na Engenharia Clínica, com esclarecimentos sobre manuseio e manutenção dos equipamentos, seguindo para as UTIs Adulto e Neonatal, Centro Cirúrgico e Obstétrico (salas cirúrgicas e de recuperação pós-anestésica - RPA), observando os processos de configuração e manipulação das máquinas.

Confira as reportagens anteriores desta série com as ações educativas para a Campanha Paciente Seguro da Ebserh:

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Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Marília Rêgo, com edição de Danielle Campos

Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh