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DIA DO VOLUNTARIADO
Acolhimento e esperança: o impacto do trabalho voluntário nos hospitais da Rede Ebserh
Brasília (DF) – Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional do Voluntário é celebrado neste cinco de dezembro. A data é uma oportunidade de reconhecer e valorizar as pessoas que dedicam tempo e habilidades para transformar a realidade em diversas áreas. Uma delas é a de saúde pública, assim como tem acontecido em hospitais da Rede Ebserh.
Liga do Bem
O voluntariado desempenha um papel fundamental no fortalecimento do cuidado humanizado e no apoio às equipes de saúde, pacientes e familiares. Abordagem que se materializa, por exemplo, através da “Liga do Bem”, no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh). Os integrantes do projeto se vestem como super-heróis para levar esperança e acolhimento a pacientes.
Com fantasias que evocam figuras icônicas e cheias de coragem, os voluntários transformam o ambiente, proporcionando momentos de alegria e alívio tanto em hospitais, como em asilos e abrigos. Essa abordagem lúdica e humanizada não só fortalece o enfrentamento dos desafios clínicos, como também promove a empatia e a solidariedade, evidenciando o poder do cuidado e da presença emocional como ferramentas para o bem-estar.
“Uma das experiências mais marcantes que vivi no Humap foi com uma criança internada no CTI com pneumonia grave, que era apaixonada pelo Capitão América, personagem que eu represento na Liga”, conta Jaime Henrique, que integra o projeto. “A conexão que criamos durante a visita foi incrível e fez toda a diferença. Ver o brilho nos olhos dele e saber que nossa presença foi essencial para fortalecer sua luta pela recuperação é algo que guardo no coração. O momento ficou ainda mais especial”.
Humanização e esperança
No Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU/Ebserh), o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) tem sido um aliado no fortalecimento e no incentivo de iniciativas voluntárias no hospital. “O voluntariado traz hospitalidade, acolhimento e humanização, minimizando a dor e o sofrimento causados pela hostilidade do ambiente hospitalar”, avalia Leda Viana, coordenadora do GTH.
Um desses exemplos é o trabalho feito pelo grupo Amigos do Coração, projeto que busca tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor por meio de iniciativas como decoração com desenhos vibrantes e alegres, além de atividades interativas, como brincadeiras, gincanas, jogos e contação de histórias infantis. Iniciativa que abrilhantou ainda mais a festa junina no Ambulatório de Pediatria do HC-UFU, este ano.
“Os voluntários, através de sua atuação, desenvolvem habilidades, competências, valores éticos e morais indispensáveis para a vida em sociedade, por isso também é tão imprescindível essas iniciativas”, conclui Leda.
Musicoterapia na UTI Neonatal
No Distrito Federal, a musicoterapeuta, cantora e compositora Fernanda Cabral implementou o projeto “Música nas Incubadoras” na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh). O projeto tem 10 anos de existência e nasceu na cidade de Leiria, em Portugal, a partir da extensão do seu mestrado na Universidade de Brasília (UnB), relata a musicoterapeuta.
“O objetivo principal é tratar tanto os bebês quanto as mães, reforçando o vínculo emocional que os conecta, algo fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe. Esse vínculo, muitas vezes, é fragilizado de forma precoce, como no caso de partos prematuros, em que a separação entre mãe e bebê ocorre antes do esperado”, explica.
Durante a ação, Fernanda utiliza diversos instrumentos, como a kalimba (equipamento de origem africana também conhecido por piano de dedo), pandeiro de couro; entre outros. “Com o pandeiro, por exemplo, realizo diversos movimentos de fricção no couro para criar sons que remetem aos sons intrauterinos (...) Esses sons ajudam a evocar uma sensação de segurança e acolhimento”, destaca Fernanda.
“Eu sou a favor de tudo que é pensado de forma estratégica para trazer calmaria e conforto numa situação de internação, seja para os pais ou pra criança, eu acho super válido”, disse Kelyne Aires, mãe do pequeno Leonardo. Com Síndrome de Down, o bebê teve complicações durante o parto, tendo nascido desacordado e com desconforto respiratório.
“Como ele é muito pequenininho qualquer movimento é um avanço, né? Eu acho que esse estímulo visual que tem, o sonoro, o motor eles caminham juntos. Na minha opinião, é uma interação boa para esse momento”, completa Kelyne.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Elizabeth Souza, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh