Relatos e Historias
RELATOS DE QUEM CUIDA
“Ser mulher na ciência é produzir, estudar, ensinar, desafiar estereótipos e inspirar, igualmente, futuras gerações de mulheres e homens na ciência”
Brasília (DF) – “Ser uma mulher na ciência implica enfrentar uma série de dificuldades e desafios únicos que muitas vezes refletem as disparidades de gênero persistentes no meio acadêmico. Mulheres cientistas muitas vezes precisam superar barreiras estruturais e culturais, desde estereótipos de gênero até desigualdades na distribuição de recursos e oportunidades. A falta de representação feminina em cargos de liderança e a ausência de modelos a serem seguidos podem criar um ambiente desafiador para mulheres que buscam se destacar em suas respectivas áreas.
É importante manter a postura e lutar contra os estereótipos: o que vale é o esforço, o merecimento, o caminho pavimentado com dedicação, e não o fato de alguém ser homem ou mulher, ou sua aparência física. Minha visão sobre ser mulher na ciência é essa: produzir, estudar, ensinar, desafiar estereótipos e procurar inspirar, igualmente, futuras gerações de mulheres e homens na ciência.
Não há um perfil de ‘mulher cientista’. Eu, por exemplo, sou também bailarina e muito dedicada à atividade física. Gosto de moda e de me cuidar. Minha aparência física, a princípio, não deveria ter qualquer impacto na forma como as pessoas enxergam meu trabalho como pesquisadora. Isso mostra como ainda vivemos em um ambiente preconceituoso. Fico pensando se algum outro médico, professor e pesquisador como eu, com uma trajetória semelhante à minha, mas que porta um cromossomo Y em seu genoma, precisaria ouvir que ele era ‘apenas um menino bonito’. Felizmente, opiniões como a que relatei são a minoria. De forma geral, o ambiente é cada vez mais equilibrado e respeitoso”.Licia Mota
Reumatologista do HUB-UnB/Ebserh
Confia a história completa da pesquisadora neste link.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.