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Rede Ebserh amplia apoio a testagens de vacinas contra a Covid-19
Inicialmente, a vacina será testada em aproximadamente 9 mil profissionais da saúde que estão lidando diretamente com o enfrentamento à pandemia
Brasília (DF) – Seis hospitais da Rede Ebserh integram os centros de pesquisa brasileiros responsáveis por testar, em larga escala, a segurança e eficácia de três vacinas contra a Covid-19. Todas elas foram liberadas para a terceira fase de testes no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e contam com resultados promissores.
Uma das vacinas é produzida na China, conhecida como CoronaVac, cujo estudo é coordenado no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh) e o Complexo Hospital das Clínicas (CHC-UFPR/Ebserh), em Curitiba, já participavam da iniciativa; agora, o hospital de Pelotas (HE-UFPel/Ebserh) e o hospital de Cuiabá (HUJM-UFMT/Ebserh) integram o estudo. A parceria internacional entre Brasil e China prevê testes em profissionais de saúde que atuam na linha de frente da pandemia, além de troca de conhecimento e tecnologia para a produção em larga escala.
Para o diretor de Atenção à Saúde da Ebserh, Giuseppe Gatto, como uma rede de hospitais de ensino, é importante que as unidades participem das iniciativas de combate à pandemia, tanto com ações de assistência à população e retaguarda a outros hospitais, mas também participando de estudos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
“Sendo uma empresa pública com vocação de apoiar o ensino, pesquisa e extensão, é importante participar da vanguarda de estudos internacionais – como é o caso da produção dessas vacinas – e, assim, poder prestar um serviço de grande relevância para a sociedade, que espera de nós uma resposta para essa pandemia”, afirmou Gatto.
Vacina de Oxford e parceria entre EUA e Bélgica
O hospital de Salvador (Hupes-UFBA/Ebserh), por sua vez, participa dos testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson nos Estados Unidos e Bélgica. A iniciativa prevê a inclusão de até 60 mil voluntários ao redor do mundo, sendo sete mil no Brasil, dos quais até mil desses voluntários devem ser da Bahia, por meio do Hupes.
Já o hospital de Santa Maria (HUSM-UFSM/Ebserh) testa a vacina da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford. Essa vacina será testada em seis Centros de Pesquisa do Brasil. Desde o dia 28 de setembro, 50 profissionais do HUSM-UFSM/Ebserh receberam a primeira dose. A UFSM irá vacinar mil voluntários – profissionais que atuam nas áreas da saúde, segurança pública, comércio e transporte público – até o mês de novembro. Para participar, é preciso ser maior de 18 anos e ter alta exposição ao vírus. Os interessados devem fazer contato pelo telefone (55) 9 9163-6454.
Atuação da Rede Ebserh
Além do apoio ao ensino, formação e capacitação das equipes assistenciais, a Rede Ebserh implementou o Comitê de Operações Especiais (COE) para definir estratégias e ações em nível nacional para o enfrentamento da pandemia. Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhado em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos COEs desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares.
Tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas. Promoveu processos seletivos emergenciais com a possibilidade de contratação de aproximadamente 6 mil profissionais temporários para o enfrentamento da pandemia
Também disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação (MEC) liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que, em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
Com informações do Instituto Butantan