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Ministro da Saúde debate melhorias nos HUs com gestores da Rede Ebserh
Brasília (DF) – O ministro da Saúde, Ricardo Barros, debateu com os superintendentes dos 39 hospitais filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) temas como financiamento da saúde no país, reestruturação dos hospitais universitários federais, contratualização das unidades com os gestores locais de saúde para atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “No Brasil, o modelo de saúde que temos é de financiar doença e não de financiar saúde. Então, não adianta insistirmos nesse processo. Temos de ter coragem para mudar, para fazer coisas novas, de avançar e repensar o modelo”, declarou o titular da pasta da Saúde.
O debate ocorreu durante o 3º Encontro Nacional dos Superintendentes da Rede Ebserh, iniciado nesta quinta-feira, 6, na sede da estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de discutir projetos de gestão para a saúde, ensino e pesquisa. Na abertura do evento, o presidente da Ebserh, Kleber Morais, fez um breve balanço de um ano de sua gestão frente à estatal. “Em um ano, realizamos coisas relevantes. Tivemos inaugurações de várias obras importantes e completamos nosso giro de visitas por todos os hospitais. E teremos ainda nesse mês a entrega de outros serviços igualmente importantes”, ressaltou.
Ricardo Barros destacou ainda ações realizadas em sua gestão e defendeu o trabalho em rede para otimizar os serviços, com mais eficiência e menor custo. “É preciso usar bem a estrutura que temos. Como temos um sistema com muitas demandas, temos que organizar... É natural que alguns tenham expertise em umas áreas e outros [tenham experiência] em outras. Pegando as melhores práticas de todo mundo, utilizaremos melhor nossa estrutura [de saúde]”, afirmou.
O ministro também ouviu as demandas dos superintendentes, momento em que se comprometeu a atender as reivindicações dos hospitais de Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Maceió (AL) e Uberaba (MG), para receberem aceleradores lineares, um tipo de dispositivo utilizado para radioterapia, desde que já cumpram exigências técnicas necessárias para a instalação dos aparelhos. “Se o bunker [local especial para receber o equipamento] estiver pronto, é só nos solicitar [formalmente], que em 90 dias você vão receber os equipamentos”, afirmou o Barr, ressaltando que os hospitais receberão visitas técnicas para essas avaliações.
Atividades
Durante o evento, os superintendentes poderão apresentar demandas prioritárias, além de formar grupos para discutir, em mesas redondas, temas como a realização de um mutirão no segundo semestre de 2017, obras nos hospitais e o critério para iniciar efetivamente o intercâmbio internacional previsto no acordo de cooperação bilateral com a Associação dos Diretores Gerais dos Centros Hospitalares Regionais e Universitários da França, assinado em maio deste ano.
Ao final do encontro, previsto para sexta-feira, 7, os grupos apresentarão os encaminhamentos de cada tema, projetando ações que envolvam todos os hospitais da Rede Ebserh para a melhoria contínua dos serviços assistenciais por meio do SUS, além da busca pela excelência das unidades como campo de prática para o ensino, pesquisa e extensão na área de saúde.
Na programação também constam apresentações nas áreas de auditoria – com o auditor-geral, Gil Loja Neto; jurídica – com a consultora jurídica, Andréa Sabião; comunicação – com a coordenadora de Comunicação Social, Natalia Tavares; além de uma apresentação de gestores do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA) sobre o atualização do antigo Aplicativo para Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU), atualmente utilizado pela Ebserh, para o atual sistema AGHUse, que poderá ser utilizado pela estatal a partir da assinatura de um contrato de parceria.
Para o diretor de Atenção à Saúde da Ebserh, Cláudio Saab, o aperfeiçoamento dos sistemas da estatal, que já utilizam uma das versões do AGHU, e a implantação da nova versão do aplicativo é o anseio de todos na Ebserh. “É nosso desejo termos um sistema viável, eficiente, com qualidade, construído para os hospitais universitários, com a parceria da Diretoria de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (DGPTI). Vamos trabalhar para viabilizar essa parceria com o HCPA”, declarou.
Também presente no evento, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde e membro do Conselho de Administração da Ebserh, Francisco Figueiredo, levantou a proposta de discutir a contratualização com o SUS, bem como a assistência aliada ao ensino. “Temos de fazer um desenho e conceituarmos até onde vai o ensino e até onde vai a assistência. Sei que as atividades se fundem, mas precisamos discutir esse modelo, para termos hospitais com ensino e assistência fortes”, afirmou. A proposta foi aceita por aclamação e será criado um grupo de trabalho para discutir o tema.
Sobre a Ebserh
Estatal vinculada ao MEC, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.
Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh