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Vem conhecer o aproveitamento hidroagrícola dos perímetros irrigados sob responsabilidade do DNOCS
Você já se deparou com aquelas plantações a perder de vista? Vastos campos de encher os olhos? Seja de grandes produtores ou mesmo o plantio de pequenos agricultores familiares, quando nos deparamos com esse tipo de segmento logo nos vem a cabeça como é possível manter tudo aquilo verdinho, em meio ao seminário que, muitas vezes, é castigado com a seca e a falta d’água constante.
Pois bem, o nosso convite de hoje no quadro Vem Conhecer é para te levar ao cenário do aproveitamento hidroagrícola. Você já ouviu falar nesse termo? O aproveitamento hidroagrícola é a utilização eficiente da água nas lavouras, conhecida também como irrigação. Essa prática se dá por meio de equipamentos e técnicas, possibilitando assim, a produção mesmo quando não há uma oferta natural de água. Seus benefícios podem ser vistos nos âmbitos econômico, social e cultural, gerando empregos, garantindo alimentação digna e conscientizando a população quanto ao melhor uso da água.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a agricultura é a atividade que mais utiliza recursos hídricos disponíveis, cerca de 70% do consumo mundial. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) é responsável pela gestão operacional dos 37 Projetos Públicos de Irrigação, que estão distribuídos por sete estados do nordeste brasileiro, tendo uma abrangência de mais de 124 mil hectares de áreas agrícolas aptas para o desenvolvimento da agricultura irrigada.
Nesse contexto, a contribuição da agricultura irrigada é uma importante alternativa contra as incertezas relacionadas ao clima, como a falta de chuvas e longas estiagens. Mas, afinal, como se dá a utilização da água na agricultura de forma consciente? Utilizar formas adequadas de irrigação, levando em consideração cada ambiente de plantio, é também falar sobre uma agricultura que respeita o meio ambiente e o planeta como um todo. Isso significa que uma agricultura sustentável garante às próximas gerações a capacidade de suprir as necessidades de produção e, principalmente, qualidade de vida.
Com uma perspetiva de bem-estar social e sustentabilidade ambiental, o DNOCS atua no aproveitamento hidroagrícola nos perímetros irrigados que estão sob a jurisdição da Autarquia. Atualmente, seis perímetros irrigados do DNOCS são abastecidos por rios permanentes, isso significa que, independente da quadra chuvosa, sempre haverá água disponível para as condições de irrigação. Entretanto, todos os demais perímetros são abastecidos por açudes que, na maioria das vezes, dependem da quadra chuvosa para o abastecimento. Portanto, são as técnicas adequadas e o uso da tecnologia que contribuem para uma irrigação cada vez mais eficiente e eficaz.
As ações constantes do DNOCS permitiram, nos últimos anos, uma retomada no número de lotes cultivados. A exemplo disso, temos a distribuição de equipamentos de irrigação para alguns perímetros. Equipamentos estes que contribuem tanto para o desenvolvimento da agricultura como para o aproveitamento adequado da água. Em 2022, por exemplo, houve um aumento de 20% na área cultivada. Esse aumento do campo irrigado nos projetos demonstra resultados práticos, em comparação com a produção nos últimos anos.
TIPOS DE IRRIGAÇÃO UTILIZADAS NO PERÍMETROS IRRIGADOS DO DNOCS
De acordo com o chefe de Monitoramento de Produção do DNOCS e doutor em Engenharia de Irrigação, Alfredo Albuquerque, as técnicas utilizadas nos perímetros são a aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, pivô central com microaspersão, irrigação por superfície e irrigação por inundação.
-Aspersão convencional: é considerado o sistema básico de irrigação por aspersão. Utiliza tubos em toda a área com a troca de aspersores de forma manual. Segundo Alfredo Albuquerque, a tendência é que esse método vá diminuindo com o passar do tempo, pois já existem outros mais eficientes.
- Microaspersão: trata-se de um sistema que produz micropartículas de água que são aspergidas em alta pressão sobre a plantação.
- Pivô central com microaspersão: neste sistema, a irrigação é realizada por meio de uma torre, com uma estrutura suspensa que gira de forma circular para a parte superior da plantação. Uma tubulação joga a água em cima da planta, por meio de microaspersão, evitando desperdício de água.
- Gotejamento: a água é distribuída por meio de tubos de pequeno diâmetro e é aplicada de forma pontual, por meio de emissores localizados diretamente na zona das raízes da planta.
- Irrigação por superfície: abre-se um canal na própria terra e a água é colocada ali ao pé da planta. “Essa é outra técnica que tende a desaparecer no mundo inteiro”, explica o doutor em Engenharia de Irrigação.
- Irrigação por inundação: consiste na cobertura do solo com uma lâmina de água que irá infiltrar a terra. De acordo com Alfredo Albuquerque, essa técnica é utilizada na produção de arroz, nos perímetros de Morada Nova, Icó Limas Campos e Jaguaruana.
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