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Vidas que salvam vidas: uma homenagem do DNOCS ao Dia Nacional do Doador de Sangue
O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, é uma data comemorativa para reconhecer e homenagear aqueles que contribuem para salvar vidas através da doação altruística. Essas pessoas desempenham um importante papel no sistema de saúde e para a sociedade. Por isso, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) ressalta a relevância desses doadores e deste ato que ajuda milhares de pessoas.
A importância desse dia vai muito além do simples ato físico de doar sangue. Ele destaca a conscientização sobre a necessidade contínua desse gesto solidário e incentiva mais pessoas a fazerem o mesmo. No Ceará, o Hemocentro do estado (Hemoce) comemorou no último dia 23 de novembro, 40 anos promovendo a política estadual de sangue, alcançando a marca de 100 mil doações no ano. “Hoje mais de 98% das doações são voluntárias e não remuneradas, onde as pessoas saem de casa com o objetivo de salvar vidas, independente de quem seja o receptor. Temos mais de 50% de doações de repetição, que são os doadores que fazem no mínimo duas doações por ano”, salienta Nágela Lima, coordenadora da captação de doadores do Hemoce.
Dentro dessa estatística está o auxiliar de serviços gerais do DNOCS, Adilson Ferreira (38), que se tornou doador em 2014, quando houve uma campanha na Autarquia que incentivava as doações. “Na época, perguntaram quem gostaria de participar e eu fui. Depois disso virei doador e vou ao Hemoce duas vezes por ano. Já fiz doações para colegas de trabalho, familiares desses colegas e até para minha esposa”, explicou.
O sangue doado no Hemoce garante atendimento em cerca de 500 unidades de saúde na capital e no interior do Ceará, oferecendo um serviço seguro para quem precisa de transfusão sanguínea. De acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. O ideal seria que esse índice subisse para pelo menos 3%. Com apenas uma doação de sangue é possível beneficiar de três a quatro pessoas já que o sangue doado é dividido em diferentes componentes.
Quem doa, normalmente relata uma sensação de gratidão e felicidade, foi assim com Adilson Ferreira, que descreve o que sente ao doar, “a sensação é maravilhosa, fico sempre satisfeito e feliz. Queria que todo mundo se conscientizasse e pudesse sentir o mesmo que eu”, conta. Também sente algo parecido o contínuo da Biblioteca do DNOCS, Marcos Silva, que é doador desde 2008 e já ajudou dezenas de pessoas. “Eu sempre incentivo outras pessoas a doarem, pois sei como é importante e gratificante”, relata.
A doação de sangue não conhece fronteiras e une comunidades em um esforço coletivo para garantir que os bancos de sangue estejam sempre abastecidos para atender emergências, cirurgias e tratamentos médicos. Marcos Silva realiza seu ato de solidariedade a cada seis meses ou sempre que alguém solicita. “A última vez que doei foi a pedido de um amigo que tinha um parente necessitando. Também já fiz doações para colegas de trabalho e mesmo que eu não saiba quem é a pessoa, fico feliz em poder ajudar”.
O vigilante da Administração Central do DNOCS, Anastácio Albuquerque Braga Júnior, também é doador de sangue e iniciou essa trajetória quando um familiar precisou. “Sempre tive o desejo de ajudar o próximo de alguma forma. Quando um familiar meu teve câncer, passei a doar e acho que foi uma das melhores coisas que Deus me abençoou, que foi virar doador” explicou. Anastácio Júnior diz ainda que existem muitas fakes news em torno do ato de doar, que é algo simples e seguro. “Muita gente tem medo, acha que é perigoso, que pode pegar alguma doença através da agulha, mas não é verdade. É tudo feito com muita segurança. Eu já trabalhei em um grande hospital de Fortaleza e via como eles tinham essa necessidade, pois pessoas podem morrer por falta de doadores”.
O vigilante lembra ainda que a triagem no hemocentro é realizada para a segurança do doador e do receptor. “Ajudar as pessoas é muito bom, mas é importante não mentir quando eles fazem as perguntas. A partir de suas respostas, eles vão saber se você pode ou não doar naquele momento.”, reflete.
Lembra que contamos no começo da matéria que o auxiliar de serviços gerais, Adilson Ferreira, precisou doar para a esposa dele? Andreia Fonseca (30) necessitou da doação quando foi realizar uma cirurgia em março deste ano. Por ter deficiência de plaquetas, ela precisou de três doadores e, além do marido, também doaram o pai e o irmão. Você deve estar pensando que doar para uma pessoa conhecida é mais fácil, pois envolve sentimentos, mas o que você precisa entender sobre a doação totalmente altruísta é que quando você doa para uma pessoa específica, não necessariamente é ela quem vai receber o seu sangue.
E aí você pode se perguntar: como assim? Eu não fiz a doação em nome de alguém? Porque ela não recebe o meu sangue? A resposta é simples: para receber uma doação, o tipo sanguíneo do doador precisa ser compatível com o do paciente, por isso, o Hemocentro faz essa administração e logística, doando para aquela pessoa o sangue compatível com ela e repondo a bolsa que você doou no estoque para alguém que precisa do seu tipo sanguíneo. Então, não é necessário ter medo quando você, ou algum familiar, precisar receber sangue, pois o Hemocentro do seu estado fará toda a logística para que você tenha acesso às pessoas compatíveis com o seu tipo sanguíneo.
“Como eu já sabia da minha deficiência de plaquetas, entrei para a cirurgia com as bolsas de sangue à minha disposição. Mas, a gente sabe que nem sempre é assim. Muitas pessoas precisam da doação com urgência e por isso é tão importante as pessoas doarem sempre.”, contou Andréia Fonseca sobre a sua experiência. “Depois que precisei de doação de sangue, virou uma chave na minha cabeça. Infelizmente, por ter deficiência de plaquetas, não posso ser doadora de sangue, mas fiz o cadastro para me tornar doadora de medula. Meu pai e meu irmão se conscientizaram da importância da doação depois que precisei e hoje são doadores também”, complementou.
Além do sentimento de gratidão relatado pelos doadores, um dos benefícios mais conhecidos para quem tem o hábito de doar sangue é o direito à folga. Garantido pela Lei nº 1.075, de 27 de março de 1950, que diz que será dispensado do ponto, no dia da doação de sangue, o funcionário público civil, de autarquia ou militar, que comprovar a contribuição. O doador voluntário, que não seja servidor público civil ou militar, nem de autarquia, será incluído, em igualdade de condições exigidas em lei. Em muitos estados, há também a concessão do benefício de meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos para doadores regulares de sangue ou de medula óssea. No Ceará, a Lei Estadual nº 13.249/2002 assegura esse direito.
Ao celebrarmos o Dia Nacional do Doador de Sangue, é fundamental refletir sobre a generosidade daqueles que doam seu tempo e sangue para salvar vidas. Essa prática cria uma rede de apoio, lembrando-nos de nossa capacidade coletiva de fazer a diferença e promover uma sociedade mais saudável e solidária.
SAIBA MAIS
Critérios para doação de sangue
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Estar saudável
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Estar bem alimentado
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Pesar acima de 50kg
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Ter entre 16 e 69 anos
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Apresentar documento oficial com foto
OBS: Os candidatos à doação de sangue com idade entre 16 e 17 anos devem apresentar o Termo de Consentimento assinado pelo responsável legal.
Intervalo para doação de sangue:
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Homens podem doar sangue a cada 2 meses, até 4 vezes por ano;
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Mulheres podem doar sangue a cada 3 meses, até 3 vezes por ano.
Telefone (85) 3391-5121
Email: comunicacao@dnocs.gov.br