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DNOCS, Vencendo Desafios e Construindo a Cidadania
O DNOCS, como prova seu valoroso histórico, tem-se destacado nas mais diversas
áreas de atuação, com contribuições expressivas para o desenvolvimento do Brasil
e, principalmente, para a região sofrida do semi-árido. Abriu estradas,
construiu grandes reservatórios, implantou projetos de irrigação e fomentou a
piscicultura, dentre tantas outras atividades de capital importância para o
desenvolvimento sustentado macro regional. Muitas vezes seguiu os rumos
orientado por uma doutrina política; em outras ancorou-se na visão de futuro de
seus técnicos e militantes, tendo como referencial uma simples palavra em
tupi-guarani, APOENA, equivalente na nossa linguagem a visão longe.
Na nova ordem mundial, onde a sociedade da informação se destaca pela
necessidade da excelência, o DNOCS não poderia ficar à margem desse processo.
Foi a busca crescente por informações rápidas e eficientes para facilitar os
processos decisórios, que fez com que toda uma estrutura, dentro do DNOCS, fosse
formatada.
Nesse contexto, os computadores são os agentes mediadores dessa estrutura mas,
para que funcionem, com proveito, precisam de um direcionamento para suas
diversas tarefas, que só é possível através do conhecimento humano. A isso se
chama programa, ou simplesmente “software”. Os “softwares”, de uma forma
simplificada, podem ser considerados proprietários onde paga-se pela propriedade
intelectual empregada no seu desenvolvimento ou de código aberto, uma forma de
desenvolvimento cooperativo instituído na década de 80 e cuja construção prima
pela liberdade, embora com total respeito ao autor.
O termo “software livre” refere-se à esta liberdade, permitindo aos usuários: 1.
executar o "software", para qualquer propósito; 2. estudar como o "software"
funciona, e adaptá-lo às suas necessidades; 3. redistribuir cópias, de modo que
uns possam ajudar aos outros; 4. aperfeiçoar o "software", e liberar os seus
aperfeiçoamentos, para que toda a comunidade possa desfrutar de iguais benefícios.
No momento em que a globalização toma vulto e grandes mudanças estruturais
ocorrem dentro e fora do País, o DNOCS participa das tendências mundiais e
investe pesado no universo da tecnologia, com foco na ampliação de sistemas
informatizados. A coragem e ousadia visionária do Diretor-Geral Eng. Eudoro
Walter de Santana, com respaldo de sua Diretoria Colegiada, em especial da
Coordenadoria de Gestão Estratégica do Órgão, representada pelo seu Coordenador
Eng. Adbeel Goes Filho e por todos os valorosos membros de sua equipe, além dos
muitos colaboradores de todas as unidades administrativas da entidade,
oficializou o uso do “Software Livre”, através da Portaria N. 491 de 06/09/2006.
Essa é uma data que bem merece ser analisada, justo por mostrar que, no momento
em que se comemora os 184 anos da Independência do Brasil, proclamada por D.
Pedro I, ou simplesmente Guatimozim no meio Maçônico, e eternizada com a célebre
frase “Independência ou Morte”, podemos também, por analogia, comemorar a
independência tecnológica, não as margens do Ipiranga, mas a beira das centenas
de açudes construídos e monitorados pelo DNOCS, fazendo valer os processos
criativos e colaborativos que podem ser ampliados sob a égide da bandeira
“Independência e Vida”, trazendo como significado que a palavra é a espada, e o
espírito de luta o escudo.
Mais que um reconhecimento do esforço desenvolvido no âmbito do Departamento,
desde o inicio da década de 90, o que hoje acontece é toda uma consagração dos
ideais traçados pelos filhos da casa, que diariamente vivenciam os desafios
próprios dos tempos de dificuldade, mas que sabem construir a cidadania,
promovendo a integração e a difusão massiva e democrática do conhecimento.
A Portaria N. 491 é bem mais que um instrumento administrativo para a
oficialização do que hoje já é uma realidade; é, também, um mecanismo de
mudanças comportamentais, alavancador do desenvolvimento, com transparência,
seriedade e respeito para com o patrimônio público.
Coincidência ou não o 491 é regido pelo número 5. Pela numerologia, indica o
gosto pela LIBERDADE: é ativo e não se cansa. Enxerga o passado e o futuro, ao
mesmo tempo, ou seja, consegue no presente aproveitar a experiência do passado,
projetando o futuro.
A todos que fazem parte desta luta e acreditam nas sinceras propostas, foi
provado que é possível mudar, para melhorar, colocar novamente o DNOCS nos
trilhos da história. Para fortalecê-lo, ao ponto de que possa continuar
agregando valores e contribuindo para o desenvolvimento e a justiça sociais.
.: Amoroso Brasilis :. Fortaleza, 7 de setembro de 2006.