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Após 50 anos, obra ainda depende de novos laudo
A direção regional do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs)
se manifestou positivamente sobre a construção da barragem do Bujari, na
região Agreste. A obra, cuja realização vem sendo protelada pelo Governo
Federal há cinco décadas, depende agora da liberação dos laudos sobre o
impacto ambiental e de licenças ambientais, além da conclusão dos estudos
técnicos e topográficos atualizados. Só após essas etapas o processo de
licitação poderá ser aberto. O custo da obra pode passar de R$ 16 milhões,
segundo o órgão federal.
O prefeito de Nova Cruz, Cid Arruda Câmara, é um das principais vozes entre
os que reivindicam a obra. "Será uma das maiores obras do Agreste. Além de
socorrer os moradores da zona rural nas épocas de seca com a água para
consumo e para irrigação, minimizando os efeitos das secas e fortalecendo a
agropecuária familiar, também permitirá o surgimento de novas alternativas
econômicas para os municípios beneficiados, como a carcinicultura,
piscicultura e fruticultura".
Cid Arruda também destaca que a obra trará geração de empregos para Nova
Cruz através do turismo. "Não vou descansar e continuarei lutando para a
liberação dos recursos, realizando pleitos junto a bancada federal do Rio
Grande do Norte, para que o processo da construção da barragem prossiga de
forma contínua e sem atrasos", acrescenta. Ele lembra que a vontade de ver a
barragem concretizada também motivou a realização de abaixo-assinados na
comunidade.
Benefícios
A obra beneficiaria não só Nova Cruz mas também os municípios de Passa e
Fica (RN) e Campo de Santana (PB). Desde a década de 50 se trava uma longa
luta para sua construção. A questão sempre esbarra nos entraves político e
na falta de recursos.
O processo foi retomado em 2001, por solicitação do prefeito Cid Arruda
Câmara ao senador Fernando Bezerra, em Brasília, embasado em documentos do
próprio Dnocs mostrando a viabilidade da obra e sua importância para a
economia das regiões Agreste e do Brejo paraibano.
O diretor regional do Dnocs, Marcílio Morais de Lucena, informa que a
barragem do Bujari terá uma capacidade média de armazenamento de 33 milhões
de metros cúbicos de água e será edificada no rio Bujari, na comunidade de
Lagoa Seca, distante três quilômetros da sede de Nova Cruz.
Visita
No mês passado, o prefeito recebeu a visita do diretor regional do órgão,
acompanhado dos engenheiros José Guerra e Gilberto Penha. Na oportunidade, o
diretor do Dnocs revelou que foram liberados pelo Governo Federal R$ 2,4
milhões para os estudos e para o término do projeto atualizado e a retirada
das licenças de impacto ambiental.
Lucena explica que o processo encontra-se no estágio de avaliação realização
das licenças ambientais para que o Instituto de Desenvolvimento Econômico e
de Meio Ambiente (Idema) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) possam dar o laudo sobre o impacto
ambiental da obra. Passada essa fase, o desafio será a liberação de recursos
para a abertura das licitações.
Com a conversa, a expectativa continua agora com relação ao prazo quando
finalmente a obra poderá ser definitivamenet implementada.
Fonte: Diário de Natal (25/9/2005)