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Os açudes estratégicos do DNOCS no Vale do Curu e as secas de 2011 a 2015
No Vale do Curu, já são cinco anos seguidos de seca, e os açudes estratégicos do
DNOCS na região, encontram-se todos em situação muito crítica, ou seja, abaixo
de 10% de suas capacidades máximas. Dentro dessa realidade, desde 2014, não
conseguem mais perenizar o Rio Curu, num trecho de 120 Km, e nem abastecer os
Perímetros Irrigados de Curu-Pentecoste e Curu-Paraipaba.
Neste contexto, a equipe técnica DNOCS x COGERH, discutiu e preparou os cenários
a serem apresentados no Seminário de Operação do Vale, priorizando o consumo
humano e a dessedentação de animais, conforme prevê a Lei Federal, Lei
9.433/97, conhecida como a Lei das Águas, dentro de seus fundamentos, em casos
de situação de escassez.
Segundo o Engenheiro Agrônomo Luiz Paulino, do DNOCS, as vazões estudadas e
apresentadas na reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Curu, em 14/07/2015,
foram pensadas tendo como horizonte o final do ano de 2016, mesmo sem os
reservatórios receberem recargas significativas no referido ano.
Mostrando a importância desses reservatórios para a região do Curu, mesmo com
seis anos de seca, as principais sedes e algumas localidades rurais, terão
ainda seus abastecimentos garantidos no ano vindouro. De acordo com o Setor de
Monitoramento da CEST-CE, as vazões apresentadas e aprovadas, foram as seguintes:
- Açude General Sampaio: 150 l/s, para o abastecimento da sede do município e
ainda as sedes de importantes cidades, como Canindé, Caridade e Paramoti,
através de adutoras de montagem rápida;
- Açude Caxitoré: 100 l/s, para o abastecimento de São Luiz do Curu, Croatá,
Umirim e Caxitoré;
- Açude Pentecoste: 65 l/s, para o abastecimento da sede e ainda, a manutenção
do Centro de Pesquisa Ictiológica do DNOCS;
- Açude Frios: 15 l/s para o abastecimento das localidades de: Melancia dos
Nunes, Josés e Cágado;
- Açude Tejuçuoca: 17 l/s, para a sede do município.
Segundo ainda Luiz Paulino, o Açude Caxitoré com 16.600.000 m³ (8,24%), vai um
pouco além, até julho/2017, e a exceção fica por conta do Tejuçuoca, com apenas
969.000 m³ (3,4%), cuja garantia se estende somente até março/2016.