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MEMÓRIA: Acarape do Meio, construído pelo DNOCS, foi o primeiro açude a abastecer Fortaleza
O Açude Acarape do Meio ( barragem Eugênio Gudin) foi o primeiro sistema a abastecer a cidade de Fortaleza. Construído pelo DNOCS, quando ainda se chamava IOCS (Inspectoria de Obras Contra as Secas), tendo iniciada sua construção em 1909, sofrendo paralisações e modificações no projeto original. A conclusão das obras verificou-se no ano de 1924, período em que a instituição se denominava IFOCS (Inspectoria Federal de Obras Contra as Secas). Está localizada no município de Redenção, a 75km da capital, cujo reservatório tem capacidade de acumular 34.1000.000m³ de água.
O projeto original, de autoria do Eng°, Bernardo Piquet Carneiro, da Comissão de Açudes e Irrigação, foi posteriormente modificado pelos engenheiros da então IFOCS. A Comissão de Açudes e Irrigação executou os primeiros trabalhos de construção da barragem, que prosseguiram sob administração da empresa americana Dodsworth & Co.
Em 1910, um ano após o inicio da construção, foi aprovada modificação na galeria da tomada d'água, sendo substituída a alvenaria de pedra do projeto inicial por concreto ciclópico. No início de 1912 houve modificação na torre da tomada d'água e um aumento nas dimensões da galeria. Por esse projeto a torre passou a ter uma seção retangular e uma comporta quadrada tipo Stoney.
Os serviços de locação da barragem e as obras de fundação começaram no mesmo ano da criação da IOCS, mas ainda sob administração da Comissão de Açudes e Irrigação. Dois anos depois, em novembro de 1911, iniciaram-se os trabalhos de elevação da alvenaria.
Para controle do rio durante a construção foi executado um dique auxiliar de concreto armado, para funcionar como ensecadeira, elevando o nível d'água de forma a desviar o rio para um canal lateral de terra, situado em cota superior na ombreira, possibilitando trabalhar a seco nas fundações. Em 1912, face às intensas precipitações pluviométricas na região do rio Pacoti, principal tributário da sua bacia hidrográfica, as águas da barragem de desvio transbordaram e romperam uma das ombreiras, danificando o canal de desvio e inundando as funções. Foram feitas algumas modificações no cronograma de execução, que só teve sua conclusão 15 anos após iniciada. Na construção desta barragem prestou serviços como engenheiro o ex-Ministro Engênio Gudin, que hoje nomeia a barragem.