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Técnico do Banco Mundial discute no DNOCS revitalização dos projetos de irrigação
O consultor do Banco Mundial, Octavio Damiani, discutiu nesta terça-feira,
29, com o diretor geral do DNOCS, Emerson Fernandes Daniel Junior, e técnicos da
instituição, uma metodologia para iniciar um trabalho de exame das questões de
ocupação dos projetos de irrigação implantados pelo DNOCS, cuja finalidade é
encontrar soluções para a revitalização desses polos produtivos. O encontro foi
no gabinete da direção geral, com a presença, também, do diretor de
Desenvolvimento Tecnológico e Produção, Laucimar Loiola.
Esses projetos, a maioria implantados nos anos 70 do século passado, passam
por um processo de ocupação desordenada, com suas agrovilas em degradação pela
multiplicação da população, o que resulta, também, em lotes que produzem com
insuficiência para o sustento familiar. A maioria está com infraestrutura
obsoleta, atingindo um processo de inadimplência de difícil solução.
A tendência é buscar soluções alternativas que permitem suas emancipações,
sem, contudo haver um processo de abandono por parte dos órgãos governamentais.
Algumas questões foram colocadas em pauta: a questão sucessória dos
proprietários de lotes, tendo em vista que a maioria se encontra aposentada; o
reordenamento do modelo produtivo e das agrovilas, a assistência técnica e o
crédito para investimento e custeio.
Segundo o consultor do Banco Mundial, algumas experiências estão em
andamento em projetos da Codevasf, alguns semelhantes aos do DNOCS. Os projetos
tentam absorver os problemas das famílias e o que se quer definir é se um
reordenamento da implantação de agrovilas, juntando todas numa mesma área,
melhora as questões de atendimento social, como a da educação e saúde e do
saneamento básico, por exemplo, definiu Octavio Damiani.
Para o diretor geral do DNOCS, Emerson Daniel, apesar dos problemas, esses
projetos ainda são viáveis e citou que os do Ceará têm boa participação no PIB.
“Poderia ser maior, se houvesse melhores condições, como assistência técnica e
crédito regular”, concluiu o diretor. Octavio Damiani ressaltou que o DNOCS tem
muito a contribuir nessas discussões pela sua experiência centenária e na
definição de modelos de operacionalização visando a revitalização e emancipação
desses projetos. Para isso, serão escolhidos por um grupo de trabalho, alguns
projetos para visitação por técnicos do DNOCS e Banco Mundial, para um melhor
conhecimento do sistema de funcionamento e das questões ligadas à gestão e
produção.