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Seminário de Convivência com a Seca é aberto em Fortaleza com a presença do Ministro da Integração
O Ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, abriu hoje, 28,
no Hotel Oásis, em Fortaleza, o Seminário de Convivência com o Semiárido e
Preparação para a Seca, que objetiva destacar rumos para uma política nacional
sobre o tema. Na abertura, também participaram da mesa o secretário de
Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, representando o governador Cid Gomes; o
secretário de Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Rio Grande do Norte,
Tarcísio Bezerra Dantas; a secretária de Desenvolvimento Regional do MI, Adriana
Melo Dantas e o especialista em mudanças climáticas do Banco Mundial, Nathan
Engle. A chefe de gabinete, Raquel Cristina Pontes, representou o diretor geral,
Emerson Fernandes Daniel Junior, no evento.
Em seu pronunciamento, o Ministro da Integração Nacional enfatizou que a
nova política de seca deve ser incrementada mediante um “olhar para a frente”,
onde a gestão englobe o uso racional da água somado a uma socioeconomia
decorrente desse uso, mais um meio ambiente sustentável. “Se não olharmos para a
frente teremos grandes surpresas, como está acontecendo em São Paulo com a
escassez de água para consumo”, disse o Ministro.
Ele também destacou essa visão para a frente do governo federal e alguns
governos estaduais, através de uma série de ações integradas de convivência com
a seca, como a transposição de águas do Projeto São Francisco, a implantação de
adutoras, construção de açudes e implementação de programa como o Água para
Todos, sistemas simplificados de abastecimento e complexos estruturantes como o
Eixão e o Cinturão das Águas. “A água de Fortaleza hoje vem de 200km de
distância, através do açude Castanhão e Eixão das Águas, que possibilitaram essa
oferta regular de água neste que é um dos maiores períodos de estiagem já vistos
no Nordeste, onde até a zona da mata sofre com o fenômeno”, ressaltou Francisco
Teixeira, acrescentando que essa visão para a frente já está sendo implementada
à nivel governamental.
Após os pronunciamentos, o consultor e economista do Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos, Antonio Rocha Magalhães, fez a palestra inicial, cujo tema
foi “Contextualização do debate: as oportunidades para avançar”, quando abordou
a seca e suas consequências e lançou uma questão estratégica: enquanto não
houver Nordeste desenvolvido, não haverá Brasil desenvolvido. Porisso, é
necessário a consolidação de um um planejamento de políticas públicas capazes de
articular respostas preventivas para o fenômeno da seca. Rocha Magalhães, como o
Ministro, defendeu a imediata implantação do Monitor da Seca para tertodas as
informações integradas em um local. Concluindo, o economista resssaltou que o
DNOCS é uma instituição que não recebe o devido reconhecimento e defendeu que,
sem ele e seu trabalho, não seria possível criar uma civilização que hoje existe
no semiárido brasileiro.
O Seminário, coordenado pelo asessor especial do MI, José Machado,
continuará por todo o dia de hoje, com a participação de técnicos de diversas
instituições, como DNOCS, Funceme, ANA, Cogerh, técnicos de secretarias
estaduais, de instituições federais, estaduais e municipais e especialistas em
assuntos climáticos e desenvolvimento regional.