Notícias
Cobrança por obras hídricas marca abertura do seminário sobre Gestão de Seca
Críticas à atitude reativa diante da estiagem e a defesa de soluções de
longo prazo diante do fenômeno climático, marcaram a abertura do seminário
“Gestão Proativa de Seca no Semiárido”, nesta quinta-feira (dia 3), em Natal, no
hotel Praia Mar. O evento é realizado pelo governo do Rio Grande do Norte e
Ministério da Integração Nacional com a participação do diretor-geral do DNOCS,
Emerson Fernandes Daniel Júnior, e da chefe da Gabinete, Raquel Pontes.
O presidente da Federação da Agricultura no Rio Grande do Norte, José
Vieira, deu o tom das cobranças, ao defender a implantação do projeto de
irrigação Mendubim, pelo DNOCS, no Rio Grande do Norte, e agilidade no andamento
do Programa de Integração da Bacia do rio São Francisco (PISF). "São ações que
de fato dão garantia", ele argumentou.
José Vieira reivindicou ainda assistência técnica e política agrícola para o
semiárido. "Precisamos avançar muito. Precisamos produzir , gerar renda. O
Ministério da Integração Nacional precisa implementar canais e infraestruturas
hídricas", ele afirmou. O representante
da Federação dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte reforçou o tom relembrando
que este é um assunto recorrente, antigo. "O mais difícil são ações de
convivência", observou, ao destacar, também, o projeto de irrigação Santa Cruz
do Apodi, que está sendo implantado pelo DNOCS no Rio Grande do Norte.
Na sessão de abertura, a mesa foi composta pelo assessor do Ministério da
Integração Nacional, José Machado, representantes da Agência Nacional de Águas
(ANA), secretários do estado do Rio Grande do Norte, entre estes o de
Agricultura, Tarcísio Bezerra Dantas e representações dos estados do Ceará,
Piauí e Maranhão. O evento faz parte de um ciclo de debates nos estados do
Nordeste que objetiva discutir as estratégias para se evoluir de uma gestão
reativa para uma gestão proativa de seca no semiárido.
A programação do seminário destaca como foco das discussões a abordagem do
tema central com o objetivo de aprofundar uma avaliação de aspectos como o
alcance e a efetividade das atuais políticas públicas adotadas para a
convivência com o semiárido e para o enfrentamento dos efeitos das secas; os
obstáculos técnicos, político-institucionais e gerenciais que, porventura, ainda
dificultam os avanços dessas políticas, configurando-se como desafios a serem
enfrentados; e as soluções compatíveis com esses desafios, sobretudo as
relacionadas ao modelo de preparação para a seca.