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Funceme confirma prognóstico de estação chuvosa 40 por cento abaixo da média histórica
O chefe do Serviço de Monitoramento dos Reservatórios do DNOCS,
André Mavignier, participou nesta segunda-feira (dia 24) do anúncio da
atualização do prognóstico da estação de chuvas nos meses de março,
abril e maio de 2014, que confirmou a probabilidade de 40% para uma
quadra invernosa abaixo da média histórica. O anúncio foi feito pelo
presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), Eduardo Sávio Martins Rodrigues, em reunião na sede da
Defesa Civil.
Após divulgado o prognóstico se deu o encontro do Comitê
Integrado de Combate à Seca no Ceará no qual o secretário de
Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, relatou as ações do governo
estadual para minorar os impactos da estiagem. “Pelo menos a
situação não piorou”, disse André Mavignier ao observar que houve
razão para um pouco mais de otimismo já que a previsão de uma
estação na média histórica aumentou para 40% - 5% a mais do que a
previsão anterior de 35% anunciada no dia 21 de janeiro. Ficou em 20%
a probabilidade de chuvas acima da média na estação.
No Ceará, em 2014, ocorreram até agora chuvas pontuais,
principalmente no litoral, Cariri e Alto Jaguaribe, assinalou André
Mavignier. “Continuamos aguardando mais chuvas”, disse ele, ao
destacar que a recarga de apenas 1% nos açudes do Ceará desde
janeiro não representa grande coisa. Entre o dia 15 de janeiro e o dado
atualizado em 24 de fevereiro pelo monitoramento dos açudes do
DNOCS, houve um incremento de 31% para 32% da capacidade de
armazenamento dos reservatórios.
O DNOCS monitora 320 açudes no Nordeste. Os dados do Serviço
de Monitoramento indicam que na Paraíba houve o maior crescimento
percentual na recarga, que passou de 16% para 24% da capacidade
dos reservatórios, um incremento de 8% entre os dias 15 de janeiro a 24
de fevereiro. Já no Rio Grande do Norte ocorreu no período um
decréscimo de 2% no estoque de água armazenado, que caiu de 32%
na posição de janeiro para 30% em fevereiro.
O monitoramento comparativo de janeiro e fevereiro indicou que a
situação se manteve estável nos estados de Sergipe com 34% e Minas
Gerais com 26% do estoque. O segundo maior crescimento foi
verificado na Bahia, com uma recarga de 6% (41% para 47% do
estoque).
Em Pernambuco foi verificada recuperação de 5% no estoque, que
passou de 13% para 18%, seguido pelo Maranhão com incremento de
4% (aumento de 45% para 49%). Em Alagoas foi registrado aumento de
39% para 41%, com acréscimo de 2% no estoque dos reservatórios e
no Piauí a recarga limitou-se a 1%: passou de 33% para 34% da
capacidade de armazenamento nos açudes monitorados pelo DNOCS.