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Pesquisadoras do DNOCS introduzem Camarão Pitu em Açude
Pela primeira vez um reservatório foi repovoado com camarão pitu
criado em cativeiro. Técnicos do DNOCS introduziram hoje (dia 01) no
açude Pereira de Miranda, em Pentecoste(CE), mais de 3.000 pós-
larvas da espécie que se encontra ameaçada de extinção. O
reservatório, que tem capacidade de acumular 395 milhões de m3. de
água, foi concluído em 1957 e está inserido na bacia hidrográfica do rio
Curu, onde foi outrora um importante habitat do pitu.
O camarão pitu – uma espécie nativa e até certo ponto selvagem de
crustáceo de água doce - pode chegar até a 48cm e tem carne
saborosa. Ele nunca tinha sido estudado sob os aspectos genéticos e
de reprodução. Pesquisadores do DNOCS há dois anos iniciaram um
trabalho no Centro de Pesquisas em Carcinicultura (CPC) visando o
acasalamento e reprodução em cativeiro e o desenvolvimento de uma
tecnologia para larvicultura.
O primeiro resultado desse trabalho de grande sucesso – a criação do
pitu nas dependências do CPC – foi destinado a repovoar o açude
Pereira de Miranda. As pesquisadoras do DNOCS Simone Façanha,
Sandra Pinheiro e Vera Lúcia Abreu, introduziram as pós-larvas nas
águas daquele açude, as quais se destinarão ao repovoamento e
procriação. O trabalho em laboratório dos técnicos é inédito no mundo e
é um grande passo na conservação e reativação da espécie em seu
ambiente natural.