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Dnocs e Ministério investiram R$ 6,4 milhões em duas bombas no Jaguaribe Apodi
Começaram na quinta-feira (dia 28) os primeiros testes com as duas
novas bombas e motores do perímetro irrigado Jaguaribe Apodi, que
apresentaram vazão de 1,8 metros cúbicos por segundo, mais que o dobro
das sete bombas antigas instaladas, que fornecem 1,47 m³/s. A vazão
foi medida por técnicos da Cogerh. Os testes foram acompanhados por
engenheiros da WEG, fabricante dos motores de 2.850 c.v., da ESC,
indústria de bombas, e pelo presidente da Comissão de Fiscalização, o
agrônomo Eliezer Rocha de Medeiros, do Dnocs.
O conjunto foi adquirido pelo Dnocs e Ministério da Integração Nacional com
investimento de R$ 6,4 milhões. As novas bombas viabilizam o
fornecimento de água para a segunda etapa do perímetro, com cerca de 3
mil hectares, avalia o coordenador da Federação das Associações do
Perímetro Irrigado Jaguaribe Apodi (Fapija), Raimundo César dos
Santos. “Só cabe agora fazer a parte de regularização fundiária,
licitar e botar para funcionar”, disse ele.
As duas bombas fornecem mais água com redução do consumo de energia em
5%. O coordenador da Fapija espera agora viabilizar o projeto de
construção de novo reservatório de 120 mil m³ cúbicos ao lado do
existente de 40 mil m³. A obra, segundo ele, vai gerar economia anual
de R$ 850 mil por ano, ao possibilitar a captação de água com a tarifa
da noite e madrugada. A irrigação do perímetro capta água no rio
Jaguaribe que eleva para a chapada do Apodi, com 120 metros de altura.
O custo de energia elétrica pesou na decisão da empresa Del Monte,
multinacional da fruticultura instalada no perímetro, de retrair os
negócios no perímetro. A empresa ocupa um dos 15 cargos no Conselho da
Fapija. De acordo com Raimundo César dos Santos, a empresa demitiu 400
funcionários – ainda tem 900 empregados - e há duas semanas parou de
plantar abacaxi. Durante mais 16 semanas irá colher a produção de
abacaxi já plantada. Depois ou encerra atividades no Ceará ou vai
investir em outra cultura. A possibilidade de cultivar banana, segundo
ele, foi descartada em face dos altos custos da energia elétrica no
projeto.
O coordenador da Fapija disse que vai agendar uma data para a
inauguração do novo conjunto de captação de água. Para a solenidade,
informou que pretende convidar o ministro da Integração Nacional,
Geddel Dantas, o diretor geral do Dnocs, Elias Fernandes, a diretora
de Infraestrutura Hídrica, Cristina Peleteiro, e o diretor de
Desenvolvimento Tecnológico e Produção, Felipe Cordeiro.