Açudes do DNOCS no Ceará acumulam mais de 94 por cento de suas reservas totais

As chuvas de 2009 estão sendo históricas no Nordeste brasileiro. Para se ter uma
idéia, os 64 açudes construídos e monitorados pelo DNOCS no Estado do Ceará, têm
uma capacidade total de acumulação de 14.827.000.000 de m³, representando 83% de
toda d'água armazenada e monitorada no âmbito estadual. Hoje, eles já acumulam
14.048.750.000 de m³, o que corresponde a 94,7% da capacidade máxima de
acumulação, o que comprova a força do inverno na região.

Por Vale, em termos de água acumulada, o quadro é o seguinte: Jaguaribe, formado
pelo Alto, Médio, Baixo, Salgado e Banabuiú, 11.364.205.00 de m³, ou seja 94,1%
da capacidade total; Acaraú-Coreaú, 1.468.193.000 de m³ e 99,8% do total; Curu
1.000.632.000 de m³ e 99,9% da carga total. Os sistemas complementares que
abrangem a região Metropolitana, Litoral e Parnaíba), estão com 215.720.00 de m³
acumulados e 75,7% da capacidade total.

De acordo com Luiz Paulino Figueiredo, da CEST/CE, esse manancial acumulado vai
permitir o abastecimento humano e as irrigações públicas e privadas pelos
próximos três anos, podendo ir aos quatro anos, em face da excelente situação
dos grandes reservatórios do Castanhão, Orós e Banabuiú, mesmo que as recargas
não sejam significativas nesse período.

Em relação aos açudes que encontravam-se em situação crítica no início da
quadra invernosa, no caso os reservatórios Bonito (Ipu), Amanari (Maranguape),
Farias de Sousa (Novas Russas) e Choró Limão (Choró), os dois primeiros já estão
sangrando; os dois últimos, estão respctivamente com 81% e 57% de suas reservas
totais. O açude Cedro, em Quixadá, continua em situação crítica, apesar de ter
aumentado seu volume de 5,5% para 23% até a presente data. Dos 64 açudes
federais no Estado, 47 estão sangrando, faltando 17 para atingir suas cotas de
sangria.