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POTENCIAL HÍDRICO - Dnocs e Petrobras firmam protocolo (*)
O Dnocs e a Petrobras assinaram protocolo de intenções, para viabilizar
a elaboração em conjunto de estudos de viabilidade técnica-econômica
para implantação e operação de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHS), para aproveitamento do potencial energético nas barragens do
DNOCS, dando prioridade para as unidades já implantadas e sem
operação. Entre estas estão as dos açudes Pentecoste (Pereira
Miranda), no Ceará, e Ibimirim (Francisco Saboya), em Pernambuco.
O protocolo foi assinado, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, pelo
diretor-geral do Dnocs, Eudoro Santana, e o Gerente de Energia
Renovável, Gás e Energia da Petrobras, José Carlos Gameiro Miragaya,
com o testemunho do deputado estadual cearense José Nobre
Guimarães.
Dentro de 60 dias, será elaborado um plano de ação, em que ficará
definida a competência de cada órgão e como se dará a
operacionalização do projeto. O protocolo definiu ainda a instituição do
grupo de trabalho das PCHS, composto por um representante da
Petrobras e do Dnocs, que passarão a se reunir periodicamente.
Eudoro Santana acredita que o novo projeto de aproveitamento
hidrelétrico das barragens vai contribuir para ampliar a capacidade de
geração de energia do Governo Federal para as pequenas
comunidades do Semi-Árido nordestino e melhorar as condições de
vida da sua população.
Ainda na sede da Petrobras, Santana encaminhou mais dois projetos: a
ampliação do apoio financeiro para o Centro de Documentação e
Referência do Semi-Árido, que o Dnocs está implantando para
funcionar no solar Carvalho Motta, um prédio tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), onde funcionou o antigo
Museu das Secas, no Centro de Fortaleza; e um novo traçado para o
gasoduto da Petrobras para beneficiar cidades do Semi-Árido, no
sentido de viabilizar alternativas de desenvolvimento para a Região,
com a implantação de parques industriais, e a preservação do meio-
ambiente, com a redução do desmatamento que atualmente é
registrado, com uso de lenha e carvão.
O presidente da Petrobras, Eduardo Dutra, manifestou a Santana a
continuação do apoio da empresa ao projeto. O diretor do Dnocs
explicou que explicou que o órgão conta com autorização da Comissão
Nacional de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, para captar R$
3,3 milhões para obras de restauro, aquisição de equipamentos e
mobiliário e a instrumentalização do projeto.
Desse total, a Petrobras já destinou R$ 927.676,33. Ainda não ficou
definido o valor da complementação que a empresa investirá pela Lei
Rouanet. O diretor do Dnocs acredita que seja suficiente para
implementar o restante do Centro de Documentação, que será uma
referência para o Semi-Árido, em função do acervo histórico da região
que será disponibilizado virtualmente para pesquisa de estudantes,
professores, pesquisadores, estudiosos e historiadores, por meio de
tecnologia da última geração.
Ele explicou ao presidente da Petrobras que o Centro de Referência e
Documentação do Semi-Árido reunirá as informações sobre o
conhecimento produzido em relação à temática regional não só pelo
Dnocs ao longo dos seus 95 anos, mas pelo diversos segmentos
governamentais e não governamentais, além da academia, devendo
funcionar como uma rede com outras instituições que atuem na área de
pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico. O projeto conta
também com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio
do CNPq.
Quanto a proposta sobre o gasoduto, a diretoria de Gás e Energia da
Petrobras analisará a sugestão, no sentido de identificar a sua
viabilidade econômica. Santana manteve reunião com o gerente
executivo de Energia Renovável da Petrobras, José Carlos Gameiro
Miragaya, e o assessores do diretor Paulo Kazuo Tamura,
acompanhado do deputado estadual cearense José Guimarães, em
que examinaram o projeto do gasoduto e seu traçado original e
apontaram as cidades do Semi-Árido por onde o projeto poderia passar.
O novo traçado poderia acontecer sem o aumento de custos de
investimentos, aproveitando pontos já identificados, ampliando a
angulação do seu trajeto. O resultado, segundo o diretor-geral do
Dnocs, é o beneficio para um maior número de cidades.
*matéria publicada no jornal Diário do Nordeste, edição do dia 18/02/05