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Dnocs e Cogerh monitoram Castanhão na quadra chuvosa de 2009
A comissão do Dnocs responsável pelo monitoramento e controle das
comportas da barragem Castanhão e a Cogerh irão definir os critérios
operacionais para monitorar o reservatório na estação de chuvas de
2009. Nesta segunda-feira, foi realizada a primeira reunião do ano - o
segundo ano da operação conjunta que conta ainda com a participação da
Funceme para informações sobre a previsão de chuvas.
Durante os quatro meses de chuvas da quadra deste ano, conforme a
diretora de Infraestrutura Hídrica do Dnocs, Cristina Peleteiro, a
Comissão terá a responsabilidade de operação do Castanhão. "As
comportas somente serão abertas depois de lavrada em ata a decisão da
Comissão", afirmou. Para a tomada de decisão, contudo, serão levados
em conta os dados de cota, volume de chuvas e previsão, monitorados
dia a dia.
O diretor de Operação da Cogerh, José Ricardo Dias Adeodato, informou
que o reservatório - hoje na cota 102,3 - está com 5,2 bilhões de
metros cúbicos e só recebeu 1 centímetro a mais com as chuvas de 2009.
No ano passado, as comportas foram abertas quando o Castanhão atingiu
a cota 101. A situação em 2008 na data da abertura das comportas,
conforme Cristina Peleteiro, foi diferente da deste ano, pois os
grandes açudes acima do Castanhão haviam sangrado, os rios estavam
cheios e continuava a chover.
Para este ano, a decisão sobre a abertura das comportas será tomada de
comum acordo, a depender do comportamento dos parâmetros da estação de
chuvas e do volume que virá dos rios da bacia que deságuam no
reservatório. Uma nova reunião da Comissão foi agendada para o dia 2
de março. Antes disso, porém, a qualquer momento, se necessário, os
técnicos poderão decidir a cota e quando serão abertas as comportas.
A chamada capacidade pulmão do açude Castanhão - volume acumulado para
controle de cheias - hoje é de 1,5 bilhão de metros cúbicos – no
máximo pode chegar a 2,3 bilhões de metros cúbicos. O volume fica no
reservatório de modo a evitar o risco de enchentes nos municípios do
Médio e Baixo Jaguaribe e, cessadas as chuvas nas cabeceiras dos rios,
vai sendo liberado aos poucos. A barragem possui 12 comportas e duas
válvulas dispersoras.
Ricardo Adeodato informou que a Cogerh faz o monitoramento diário do
que entra e do que sai nos açudes, e dos dados que recebe da Funceme
sobre as previsões de chuvas, bases para a tomada de decisão. O Dnocs
fará memorando à presidência da Coelce para solicitar providências que
melhorem a qualidade da energia fornecida ao sistema de acionamento
das comportas.