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Famílias desapropriadas para construção do açude Figueiredo serão reassentadas
As famílias cadastradas para desapropriação e que residem na área de
inundação do lago que será formado pelo açude Figueiredo, estão sendo visitadas
e recadastradas para reassentamento em locais próximos ao reservatório. Essa
informação é da socióloga do DNOCS, Regina de Nazareh, que visitou a comunidade
de Vila São José dos Famas, a maior com 35 famílias, onde explicou as diretrizes
à população. “Estamos fazendo todo um trabalho de conscientização, ouvindo a
todos e procurando solucionar os casos de forma que venham beneficiar as
famílias desapropriadas”, ressaltou a socióloga.
Com exceção dos que decidiram simplesmente pela indenização, moradores da
Vila São José, da comunidade da Lapa, da área do eixo da barragem e de algumas
residências rurais do entorno, serão redirecionados para locais escolhidos pelos
próprios moradores. Dessa forma, já estão definidos dois locais para
reassentamentos: a Vila Nova São José, onde deverão ser reassentados os
proprietários dos imóveis e a Agrovila, onde irão os outros moradores das
propriedades.
Falando em nome dos desapropriados o líder comunitário de São José dos
Famas, Lindomar Balduino de Souza, explicou que espera do DNOCS um tratamento
justo para que as famílias alí residentes – muitas com mais de 50 anos e em
cujas terras os familiares vivem há cerca de 300 anos – possam enfrentar essas
mudanças sem traumas. O diretor-geral do DNOCS, Elias Fernandes, já determinou
que em todos os processos de desapropriação e de reassentamento os envolvidos
serão ouvidos e os acordos passam obrigatoriamente pelo consenso entre a
entidade e as famílias atingidas. “Todo processo será executado dentro das
normas vigentes, de forma justa e sempre em benefício das pessoas que moram nos
locais onde há interferência do Poder Público”, concluiu o diretor-geral.