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Curu Paraipaba vai produzir água de coco engarrafada
O Distrito de Irrigação Curu Paraipaba do Dnocs, no Ceará, já recebeu
todo maquinário para engarrafar água de coco e conclui este mês a
reforma do prédio para abrigar a Unidade de Beneficiamento de Coco
(UBC), que entra em operação em novembro. Com produção inicial de 5
mil frutos por dia engarrafados nas embalagens de 500 ml e 1 litro de
água de coco, a unidade visa agregar valor à produção dos irrigantes.
O Curu Paraipaba concentra o maior cultivo de coco no Ceará, com 2.554
hectares do tipo anão irrigado, uma produção mensal de 4,5 milhões de
frutos, informa a gerente administrativa da Associação do Distrito de
Irrigação Curu-Paraipaba (ADICP), Virzângela Paula Sandy Mendes. A UBC
é fruto de investimento do Dnocs numa parceria com a Embrapa, que
entrou com a tecnologia e capacitação, assinala o diretor de
Desenvolvimento Tecnológico e Produção do Dnocs, Felipe Cordeiro. Os
irrigantes vão manter a indústria em funcionamento.
A unidade recebeu em setembro visita técnica do Ministério da
Integração Nacional com o coordenador geral de Eficiência na
Agricultura Irrigada, Thales de Queiroz Sampaio e o engenheiro
Alexandre Saboia. Os dois estiveram também nos projetos de irrigação
Curu Pentecoste e Tabuleiros de Russas, com Sebastião Ednir Menezes,
da Diretoria de Produção do Dnocs.
Menezes informou que no Tabuleiros de Russas os técnicos do MI viram a
produção de melão, mamão e banana, percorreram o perímetro e em
especial a produção de melão para exportação da Nolen e a área do
empresário João Teixeira. Segundo ele, no Curu Pentecoste foi
verificada a recuperação das adutoras, que agora levam água a todo o
perímetro com aproveitamento total da água e dos lotes.
No Curu Paraipaba, 805 produtores cultivam o coco anão. De acordo com
Virzângela Mendes, a produção da UBC tem como idéia tornar popular o
consumo de água de coco engarrafada, com a redução do preço. Segundo
ela, a ADICP negocia parceria com a Paraipaba Industrial, que exporta
água de coco envasada em sacos grandes (bags), para fornecimento da
matéria prima em contrato de 12 meses com objetivo de obter preço fixo
e evitar as oscilações do mercado que considera um grande problema.
Virzângela Mendes informou que a missão do MI conheceu as oficinas do
Distrito, que agora conserta no local motores e peças com equipe
própria de soldador, torneiro e mecânico, e viu também o serviço de
recuperação do canal principal e o resultado da substituição de 210
metros da adutora. Além de coco, o Curu Paraipaba produz
cana-de-açúcar em 240 hectares em contrato de integração com uma
indústria.