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Mercadão do Produtor vai participar da Expoece e do Frutal
O Mercadão do Produtor no bairro Planalto Pici, que vende produtos dos
projetos de irrigação direto ao consumidor - sem intermediários -, vai
participar neste mês de setembro da Expoece (dias 14 a 21) e do Frutal
(15 a 18), em Fortaleza. Na Expoece serão comercializados frutas,
macaxeira, peixes e derivados do leite - e no Frutal a participação
será mais institucional, disse o coordenador do Mercadão, Sebastião
Ednir Menezes, da diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Produção
do Dnocs.
Menezes informou que na semana seguinte após as duas feiras irá aos
projetos de irrigação Pentecoste, Paraipaba, Jaguaribe-Apodi,
Tabuleiros de Russas e outros, para conscientizar novos produtores
para que venham comercializar os seus produtos no Mercadão. O objetivo
dele com a mobilização é preencher todos os 60 boxes daquele mercado.
O Mercadão fica na rua Alagoas, S/N, e foi inaugurado em outubro do
ano passado pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima,
e pelo diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes Neto.
Hoje, 35 dos boxes estão ocupados. Produtores dos projetos Pentecoste
e Jaguaribe Apodi ali vendem banana, abacaxi, melão, mamão, melancia,
milho verde, coco, macaxeira, graviola, goiaba e outros itens. Um
outro produtor de Tauá comercializa derivados do leite – queijo,
manteiga, nata, manteiga da terra –, carne de carneiro e de bode.
Outro produtor vende peixe trazido da Estação de Piscicultura do Dnocs
em Pentecostes ou de viveiros particulares, comercializado a R$ 12 o
quilo de pirarurcu e R$ 5 o quilo da tilápia.
O diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção do Dnocs, Felipe
Cordeiro, compara o Mercadão do Produtor a uma Ceasa dos projetos de
irrigação, ao constituir uma ponte entre os agricultores e o
consumidor. A iniciativa, segundo ele, nasceu com o foco na população
de baixa renda e classe média, com a oferta de alimentos de preços
acessíveis, sem a presença do intermediário.
Felipe Cordeiro considera que esta articulação conjunta do Dnocs com a
Federação de Apoio aos Projetos Irrigados do Dnocs (Fapid) é uma idéia
que tem grande potencialidade e será levada aos outros estados. A
aproximação do fruto do trabalho do produtor com o consumidor final é
uma semente que está sendo plantada, está num processo de consolidação
e em breve será auto-sustentável, disse ele.
"Contaremos com a colaboração dos coordenadores estaduais do Dnocs
para que os projetos de irrigação em cada estado organizem iniciativa
similar ao Mercadão do Produtor", afirma o diretor. A venda dos
produtos será feita nas capitais, que constituem o maior centro
consumidor, informou.
De acordo com Felipe Cordeiro, foi acertada a escolha do bairro do
Pici para sediar a feira, por ser um bairro popular, pela vizinhança
com o Panamericano, Granja Portugal e outros bairros populosos. Para
ele, embora os projetos de irrigação tenham potencial para exportação,
o Mercadão do Produtor tem como foco o varejo do mercado local.
O Mercadão funciona todos os dias, com maior movimento nos sábados e
domingos, quando fica aberto até ao meio-dia. As novas mercadorias que
chegam na sexta-feira são vendidas no sábado. Conforme Menezes, ainda
são pequenas a quantidade e diversidade de produtos à venda, mas o
preço deve ser menor do que no mercado São Sebastião. A idéia que ele
defende junto aos permissionários dos boxes é que comercializem o seus
produtos ao consumidor pelo mesmo preço que venderiam ao
intermediário.