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DNOCS reintroduz no Ceará o camarão regional
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, ao avaliar as
espécies existentes de camarões em açudes públicos administrados pelo órgão,
verificou que algumas espécies ali existentes estão com problemas de
crescimento; por haver o retrocruzamento há décadas, desfavorecendo o tamanho
dos camarões e dificultando assim a comercialização do mesmo. Uma delas é o
camarão canela, cujo nome científico é Macrobrachium amazonicum, que se encontra
adaptado às coleções de águas existentes no Estado do Ceará e o que melhor
possui características biológicas e morfológicas favoráveis à comercialização,
por conter um peso considerável em relação aos camarões que existem nos
mananciais de águas do Semi-árido.
A Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Produção, em conjunto com o
Centro de Pesquisas em Carcinicultura, tomou como projeto, para o ano de 2008, a
reprodução neste Centro, do citado crustáceo e posterior reintrodução nos açudes
e com isso renovar o estoque existente de camarões naquelas coleções de água, já
que essa espécie tem uma posição bem destacada no mercado regional, e a
disponibilização do mesmo para produtores que desejarem fazer o cultivo em
cativeiro.
Para viabilizar esse projeto,no dia 30 de novembro o chefe do Centro de
Pesquisas em Carcinicultura, Engº Agrônomo Adécio Rodrigues e o chefe do Centro
de Pesquisas em Aqüicultura, engº agrônomo Pedro Eymard Mesquita trouxeram, de
Belém do Pará, esses animais, para iniciar os trabalhos. Com essa iniciativa,
surgem novas perspectivas para os extrativistas que dependem desse pescado no
Ceará, assim como o DNOCS poderá ser destaque em pesquisas, pois sua equipe é
especializada e composta dos engenheiros de pesca Simone Façanha, Sandra Xavier,
Vera Abreu e Guilherme Mavignier e do médico veterinário Marcelo Feitosa, além
de possuir um Centro de Pesquisas em Carcinicultura com estrutura para fechar
todo o ciclo biológico da espécie.
Para viabilizar o projeto, o DNOCS contou com a colaboração da Universidade
Federal Rural da Amazônia - UFRA e do Instituto Sócio Ambiental dos Recursos
Hídricos – ISARH, através do Professor Jefferson Penafort. Ele e sua equipe se
prontificaram em ajudar e disponibilizaram matrizes e reprodutores coletados do
ambiente natural.