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Do campo à mesa: os benefícios das frutas orgânicas produzidas no Vale do Jaguaribe
A produção é feita sem uso de agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos (Foto: Eri Nunes/DNOCS)
Na vastidão verde do campo do perímetro irrigado do Tabuleiros de Russas é possível ver as inúmeras frutas que enchem as árvores. Entre elas, as acerolas que fazem parte de uma rica plantação orgânica. A colheitadeira passa por elas e rapidamente as extraem, sem prejudicar nenhuma planta. As acerolas são levadas para as mãos habilidosas dos agricultores que fazem a seleção para a exportação. Essa é apenas uma parte do processo da produção de frutas orgânicas na região do Vale do Jaguaribe. Antes disso, houve um plantio cuidadoso, com todos os pré-requisitos necessários para que as frutas cresçam saudáveis e saborosas. Tudo isso usando apenas produtos naturais.
A acerola é um alimento rico em nutrientes e muito procurada pelos inúmeros benefícios à saúde, como explica Aridiano Belk, gerente do perímetro irrigado do Tabuleiros de Russas, na região. “Aqui temos, praticamente, uma plantação de vitamina C”, brinca o gerente, fazendo relação ao potencial da pequena fruta com a vitamina. “Aqui temos um dos maiores produtores de acerolas orgânicas do mundo, um verdadeiro tesouro produzido na região”, complementa.
Além da acerola, outro fruto orgânico que faz sucesso no perímetro irrigado de Tabuleiro de Russas é a pitaya, uma fruta de sabor suave e doce que nasce de um cacto da família Cactaceae. A produtora de pitaya no perímetro irrigado do DNOCS, Gislane Oliveira, explica que a fazenda possui selo orgânico, certificado, que garante ao consumidor que a fruta não foi produzida com adubação química e não utiliza agrotóxicos. “Este selo vale aqui no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Mas não significa apenas que não usamos produtos químicos na plantação, quer dizer também que todos os produtos utilizados no processo precisam ser orgânicos. Não posso, por exemplo, usar qualquer esterco para adubar, preciso saber como essa vaca foi criada, se o capim que ela comeu também não tinha nenhum resíduo químico. Toda a procedência importa e é necessário comprovar essa procedência”, explica.
A produtora, Gislene Oliveira, afirma ainda que a aceitação do mercado costuma ser muito positiva quando o produto tem o selo. “Quando eu chego no meu cliente com a produção certificada com o selo, faz diferença. No mercado internacional, por exemplo, a fruta só é aceita como orgânica se tiver essa certificação”, completa.
De acordo com o governo brasileiro, para que possam comercializar os produtos no Brasil como “orgânicos”, os produtores devem se regularizar, obtendo certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC), credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); ou organizando-se em grupo e cadastrando-se junto ao MAPA para realizar a venda direta sem certificação.
Quais benefícios das frutas orgânicas?
A longo prazo, a ingestão de produtos orgânicos pode contribuir com a saúde do indivíduo, pois o consumo prolongado de vegetais expostos a agrotóxicos pode prejudicar, de alguma forma, a microbiota intestinal (micro-organismos que têm função importante no nosso corpo), é o que explica o nutricionista da Associação dos Servidores do DNOCS no Estado do Ceará (ASDEC), Raul Rolim. “Claro que existe uma quantidade segura de agrotóxico usado nas frutas e verduras, então podemos consumir também. Mas, a longo prazo, a melhor opção é consumir frutas orgânicas. Costumo indicar esses produtos sempre que possível”, ressalta.
Raul explica também que a higienização das frutas deve ser a mesma, independente de ser ou não utilizado algum produto químico, e que os benefícios da acerola e da pitaya, por exemplo, são diversos. “A acerola é uma das frutas que contêm mais vitamina C, mais até do que a laranja e a goiaba. A pitaya é rica em antioxidante, o que também é muito bom para a saúde. Eu gosto de indicar que a pessoa consuma a fruta o mais natural possível, in natura é a melhor opção, mas, no caso da acerola, o suco é bom e tem baixo teor calórico se não for adoçado”.
Vale ressaltar ainda que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde não pode ser visto apenas como a ausência de doença ou enfermidade. Ele envolve um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e a alimentação, por exemplo, tem um grande impacto na maneira como nos sentimos. Portanto, respeitar as orientações ajuda não apenas a manter a saúde nas fases infantil e adulta, como também proporciona um melhor envelhecimento. Cuide-se!
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