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DNOCS investe em infraestrutura e fruticultura no Projeto de Irrigação Baixo Acaraú
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) está realizando um investimento significativo na infraestrutura no Perímetro Irrigado Baixo Acaraú, localizado entre os municípios de Acaraú, Bela Cruz e Marco, no interior do Ceará. Sob responsabilidade do DNOCS, o projeto tem uma área de 12.603 hectares e atualmente conta com 8.438,61 hectares implantados. O objetivo do investimento é proporcionar um maior desenvolvimento para os irrigantes e consequentemente para a região.
Essa estrutura apoia 436 irrigantes assentados, 46 técnicos e 56 empresas instaladas, todos beneficiados diretamente pelas melhorias em curso. De acordo com o gerente do Distrito de Irrigação Baixo Acaraú (DIBAU), Fábio Junqueira, um dos investimentos realizados é a recuperação de 150 km de estradas, obras que se iniciaram em 19 de agosto e têm previsão de término em 60 dias. “Essa obra traz melhorias na escoação e melhor visibilidade para os produtos, refletindo em mais qualidade e um preço mais competitivo para o mercado”, ressalta o gerente.
Além disso, outras estruturas estão sendo modernizadas, como o recondicionamento de cinco motores de bombeamento na Barragem Santa Rosa e a substituição dos hidrômetros por equipamentos mais modernos, melhorando a eficiência e o serviço ao produtor.
A continuidade e manutenção da excelência da cadeia produtiva da fruticultura impacta na comunidade local através da maior oferta de trabalho na região. O projeto gera cerca de 5.690 empregos diretos e 11.216 indiretos produzindo uma gama de frutas, grãos e hortaliças como banana, abacaxi, melancia, melão, mamão, maracujá, milho, abóbora, caju, manga, graviola, coco, cacau, goiaba, acerola, sapoti, feijão, pimentão, limão, macaxeira, batata-doce, tangerina e abacate. Entre essas culturas, destacam-se a plantação de cacau, coco e mamão, que vêm ganhando força e espaço no mercado.
A produção de mamão no Baixo Acaraú tem se destacado no mercado internacional, representando 30% do volume comercializado pelo perímetro. Essa expressiva participação é fruto de parcerias com irrigantes e empresas privadas, responsáveis por exportar o mamão para o mercado europeu. Somente este ano, a produção bruta da fruta alcançou 4.550 toneladas, reforçando a importância econômica desse cultivo e o potencial de exportação da região.
A nova aposta do perímetro é o Cacau, que é uma commoditie, e pode trazer, em médio prazo, bons resultados. Hoje a tonelada de amêndoa custa US$8.818 dólares. No perímetro Irrigado Baixo Acaraú, o cacau registrou uma colheita de 27 toneladas no início da safra 2024, com o quilo da fruta sendo comercializado a R$2,60. Essa produção ocorre em uma área de 149 hectares, onde o cacau é cultivado em consórcio com o coqueiro verde irrigado, otimizando o uso da terra e garantindo maior produtividade e sustentabilidade para os produtores. O cultivo de coco verde, coloca a DIBAU como uma das maiores áreas contínuas no Ceará, com 4 mil hectares de produção, contribuindo para tornar o estado o maior produtor de coco do Brasil.
Segundo Fábio Junqueira, todo esse resultado é fator predominante do maior diferencial tecnológico do projeto que é a gestão eficiente dos recursos hídricos por meio de técnicas de irrigação controlada, como gotejamento e microaspersão, que reduzem o desperdício de água e aumentam a produtividade agrícola. “Do ponto de vista ambiental, esta tecnologia minimiza a erosão do solo e pode melhorar a sua qualidade, favorecendo um desenvolvimento agrícola mais sustentável em regiões secas como o norte do Ceará”, destacou.
Somente no ano passado o Perímetro Baixo Acaraú produziu por meio da sua fruticultura, 127.886,63 toneladas, o que representou R$ 115.515.822,62 de riqueza gerada para a região. É o DNOCS que emprega, desenvolve, gera riqueza e proporciona qualidade de vida ao povo do sertão.
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