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DNOCS investe em carcinicultura nos perímetros irrigados de Morada Nova e Jaguaruana
A atividade está em ampla expansão, sendo o Ceará o principal produtor do país
O camarão faz sucesso em várias receitas, como bobó, empadão e até frito, como petisco. A iguaria vem conquistando o mercado e o prato de muitos brasileiros. De acordo com o Chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura do DNOCS, Dalgoberto Coelho de Araújo, o valor do crustáceo tem se tornado cada vez mais competitivo em relação a outras proteínas mais comuns na mesa dos brasileiros. "O camarão hoje compete com a carne bovina, suína, caprina, ovina e até de frango. No entanto, ele apresenta algumas características nutricionais diferentes das outras carnes, o que a torna um tanto quanto especial quanto aos aspectos da nutrição.”
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) tem empreendimentos na área de carcinicultura implantados nos perímetros irrigados de Morada Nova e Jaguaruana. Atualmente, o perímetro de Morada Nova tem cerca de 800 hectares ocupados com tanques de criação de camarão e o de Jaguaruana tem 37,15 hectares.
Segundo o Chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura do DNOCS, a produção de camarões dentro do perímetro irrigado de Morada Nova, gera cerca de 10.500 toneladas do crustáceo por ano. Já o perímetro irrigado de Jaguaruana produz 105,9 toneladas. A atividade gera 3,75 empregos por hectare de viveiro em produção e foi implantada, inicialmente, em áreas degradadas inservíveis para a agricultura, mas com ótimo potencial para a atividade de carcinicultura.
O camarão começou a ser produzido em cativeiro no Brasil a partir da década de 70, no Rio Grande do Norte, que acabou sendo o berço da carcinicultura no país. Logo no seu início, a técnica de cultivo passou por momentos de dificuldades, sobretudo em período de estiagem na região nordestina, onde se localiza a maior produção de camarão e influenciou no resultado da produtividade. Atualmente, a carcinicultura está em ampla expansão, especialmente no Ceará, o principal produtor do país.
Em 2021, a carcinicultura brasileira chegou a produzir 78,6 mil toneladas. O número é maior que a quantidade do ano anterior, segundo dados do IBGE. O Nordeste concentra a atividade: 99,7% do total produzido em todo o Brasil, com o Ceará em primeiro lugar, seguido do Rio Grande do Norte.
Em virtude da grande rentabilidade, a Carcinicultura vem chamando atenção de vários produtores brasileiros que querem ingressar nesse ramo. De acordo com a Associação dos Criadores de Camarão do Ceará (APCC), no estado existem 1.305 unidades produtoras de camarão, somando 16.014 hectares nos viveiros, distribuídas em 53 municípios. Conforme a associação, nos últimos cinco anos, o Ceará dobrou a sua capacidade de produção.
Vale ressaltar que a produção de camarão desenvolveu-se bastante no Brasil, especialmente na região Nordeste, devido a parâmetros climáticos, dentre outros, mais propícios ao desenvolvimento da atividade. A sua estimativa pode chegar a 120 mil toneladas anuais de produtividade, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC).
SAIBA MAIS SOBRE OS BENEFÍCIOS DO CAMARÃO
Apesar de o camarão estar entre os frutos-do-mar mais populares e saborosos, poucas pessoas sabem os seus benefícios. Ele possui um alto teor de proteínas, aminoácidos essenciais e baixo teor de gordura. Além disso, contém ômega 3, ômega 6 e nutrientes como cálcio, potássio, sódio, fósforo, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
O recomendado é consumir o camarão cozido e não frito, mas isso pode ser apenas um detalhe se o individuo consome muitas calorias diariamente, uma vez que isso vai agregar valor calórico e gordura ao alimento.
O colesterol no camarão é de aproximadamente 130 mg por 3 onças (85 gramas) de camarão cru, ou seja, 12 camarões grandes, possuem apenas 2 gramas de gordura. A quantidade de colesterol em uma porção comparável de carne moída regular é de cerca de 110 mg, mais com aproximadamente 20 gramas de gordura. Além disso, o camarão tem altos níveis de ácidos graxos altamente insaturados benéficos, que elevam os níveis de colesterol HDL de forma que uma alimentação à base de camarão pode realmente baixar os níveis de colesterol no sangue.
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