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NOSSAS HISTÓRIAS
DNOCS é pioneiro no Brasil na perfuração de poços com máquinas a vapor
A presença do Governo Federal no processo de combate aos efeitos da seca do Nordeste semiárido vem sendo registrada desde a época do Governo Imperial. Em 21 de outubro de 1909 foi criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS, que depois passou a ser chamada de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas – IFOCS e em 1945 transformou-se, através do Decreto-Lei nº 8.486, em Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS.
Ao longo dos anos, o órgão contribui intensamente para amenizar a vida dos moradores da região Nordeste e norte de Minas Gerais diante das longas e frequentes estiagens. Não foi uma atividade fácil, mas conta com o corpo de dedicados servidores.
O DNOCS não deixa o sertanejo morrer de sede. Com a experiência de conviver com o solo da região, passou a construir poços profundos. Aliás, não apenas perfurando, mas também estabelecendo a completa tubulação, fazendo a água jorrar.
Os relatos sobre tecnologia para perfuração de poços começaram a ser registrados com mais frequência a partir de 1800. Em 1808, foi perfurado o primeiro poço nos Estados Unidos pelo método de percussão. Um 1833 um poço foi iniciado em Grenelle, perto de Paris, e concluído em 1841. Foi por muitos anos o poço mais profundo do mundo, com 549 metros. Dessa forma, pouco tempo depois o mundo todo já havia descoberto e passado a usar a perfuratriz.
As primeiras perfuratrizes enviadas pela empresa americana ao Brasil foram para o DNOCS. Elas funcionavam a base de caldeira, com balancins de madeira. Estas máquinas a vapor eram pesadas e exigiam mais de dois homens para operá-las.
Após o sucesso e as máquinas se modernizando, o processo de aproveitamento da água subterrânea deslanchou de forma surpreendente, seja para poços de alta vazão ou não. Os estudiosos afirmam que os primeiros poços perfurados no Brasil foram em 1948 pelo DNOCS.
Um exemplo real, citado no livro do engenheiro agrônomo paraibano, José Estevam Netto, comprova a influência benéfica dos poços tubulares. Quando a perfuração de poços foi incrementada pela IFOCS no Rio Grande de Norte, havia certa área, na Serra Verde, conhecida como Matão, que foi contemplada com alguns poços.