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DNOCS completa 109 anos com vocação para o pioneirismo
Há 109 anos o Departamento Nacional de Obra Contra as Secas – DNOCS vem realizando um trabalho fundamental para o desenvolvimento da região semiárida brasileira. É a mais antiga Instituição Federal em atividade no Brasil, atualmente vinculada ao Ministério da Integração Nacional, sua atuação abrange 09 (nove) Estados, compreendendo 1 (uma) Administração Central (sede da Direção Geral e das Diretorias), 09 (nove) coordenadorias estaduais, 14 (doze) estações de piscicultura, 01 (um) Centro de Pesquisas em Aquicultura Rodolph Von Hiering, 22 (vinte e duas) unidades de campo organizadas por bacias hidrográficas, além de 01 (um) Escritório de Brasília.
Instituição criada pelo Presidente Nilo Peçanha através do Decreto nº 7.619, de 21 de outubro de 1909, nesses 109 anos, o DNOCS construiu um grande acervo de estudos e obras que, pela sua dimensão deu suporte ao povoamento e desenvolvimento do Nordeste, a região semiárida mais populosa do mundo.
De acordo com a legislação atual, o DNOCS tem por finalidade básica executar a política do Governo Federal no que se refere à implementação dos objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos relativos à execução de obras públicas de captação, acumulação, condução, distribuição, proteção e utilização de recursos hídricos; o beneficiamento de áreas através da irrigação, a promoção da aquicultura e a recuperação de áreas degradadas.
Mesmo diante de um quadro de escassez de recursos e até de algumas ameaças de extinção, o DNOCS, ao longo de sua história se superou, buscando soluções, realizando estudos pioneiros com enfoque científico no tratamento da questão da seca, e levantamentos e estudos de dados fisiográficos e cartográficos. É responsável pela implantação da política centenária de armazenamento e aproveitamento dos recursos hídricos na região semiárida. Assegurou recursos hídricos para a implantação e crescimento de centros urbanos e a fixação do homem no meio rural da região.
Por meio dessas atribuições, o DNOCS realizou importantes obras, que foram relevantes para o desenvolvimento do semiárido brasileiro, podendo-se destacar no estado do Ceará os seguintes empreendimentos: açudes Castanhão (Barragem Padre Cícero) e Orós (Barragem Juscelino Kubitschek); e os projetos de irrigação Tabuleiros de Russas e Baixo Acaraú. Em Pernambuco, contamos com o açude Jucazinho (Barragem Antônio Gouveia Neto) e as adutoras do Oeste e do Jucazinho. No Rio Grande do Norte, Barragem Eng.ºArmando Ribeiro Gonçalves e o projeto de irrigação Baixo Açu. Na Paraíba, evidencia-se o Sistema Curema - Mãe D’Água que compreende os açudes Curema (Barragem Estevam Marinho) e Mãe D’Água (Barragem Egberto Carneiro da Cunha), bem como a adutora do Acauã. No Estado do Piauí, ressaltam-se os perímetros irrigados Tabuleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe. No Estado da Bahia, o projeto de irrigação do Brumado, importante pólo de fruticultura.
Merece ser destacado ainda alguns tópicos que denotam o pioneirismo do DNOCS. Ele foi o primeiro Órgão da América Latina na utilização de perfuratrizes para poços profundos. Foi o primeiro no Brasil na introdução da tecnologia da piscicultura, a exemplo da descoberta do método da hipofisação, na década de 30.
O Centro de Pesquisas em Aquicultura Rodolph Von Hiering se tornou referência nacional na reprodução de espécies com alto poder produtivo, especialmente o pirarucu e a tilápia. O idealizador do centro, o pesquisador gaúcho Rodolph Ihering, viu no pirarucu o grande potencial para a melhoria da alimentação da população, bem como uma alternativa viável de renda para os produtores. Alguns fatores foram decisivos para que o pirarucu fosse o peixe escolhido para ser pesquisado. Primeiro a precocidade da espécie, que atinge 10 quilos em um ano.
Ainda temos muito a realizar, diante do desafio de “fazer” e cuidar da água: o combate à desertificação, resultado do manejo inadequado, uso intensivo dos recursos naturais e pelas secas extremas, desenvolvimento de estudos na área de monitoramento e prevenção de secas, de estudos e desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao semiárido, por exemplo, o reuso para fins agrícolas e dessalinização de água salobras e salgadas. Nosso desafio maior é ser uma instituição de referência nacional em ações para a harmoniosa convivência com os efeitos da seca.
O DNOCS convida você leitor a conhecer muito mais sobre a Instituição no site www.dnocs.gov.br
Confira a programação de comemoração dos 109 anos do DNOCS. Você é nosso convidado.