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Autismo: mais conscientização, menos preconceito
DNOCS apoia a campanha do mês Abril Azul
Publicado em
26/04/2024 11h11
Atualizado em
29/04/2024 13h55

Empatia e humanização no olhar dos cidadãos fazem toda diferença na vida de pessoas com limitações. Quem nos diz é a agente pública que trabalha no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Thaís Leitão. Mãe do pequeno Benício, diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista (TEA) quando tinha 1 ano e 8 meses, a colaboradora relata como foi difícil o início dessa história. “Notei comportamentos diferentes do Benício, toda vez que alguém chegava perto dele que não fosse eu, o pai ou os dois irmãos. Ele chorava e ficava muito irritado.”, conta Thaís. A vida social da família tinha muitos entraves por causa do comportamento de Benício, por isso ela ressalta com tanta veemência a importância das pessoas serem mais empáticas e humanas. Por isso, a colaboradora e seu pequeno lutam para ter mais conscientização da sociedade e menos preconceito.
“Valorize as capacidades e respeite os limites!”. Esse é o tema da Campanha de 2024 sobre a conscientização do Autismo no Brasil, enfatizada no Abril Azul, período estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma forma de dar visibilidade ao TEA, bem como enfatizar sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas O mês de abril está pertinho do fim, entretanto promover a empatia e a humanização na vida das pessoas com limitações faz toda a diferença, em qualquer época do ano, haja vista que sempre almejamos um mundo melhor.
Nesse sentido, o DNOCS apoia a campanha conhecida mundialmente e busca retratar o autismo de uma maneira ampla e empática, apoiando a informação e conscientizando seus colaboradores e a sociedade em geral sobre a relevância de conhecer mais sobre o assunto. Promover mais conhecimento e conclamar menos preconceito também são as batalhas da colaboradora do DNOCS, Chirlei Mamede. O filho dela tem 12 anos e foi diagnosticado com TEA com pouco mais de 10 anos. Ela destacou que foi difícil percorrer esse caminho até o diagnóstico. “As pessoas não falavam muito sobre autismo. Entre os anos 2015 e 2016, esse tema não era tão conhecido como é nos dias atuais. Se tivéssemos acesso à informação como temos hoje em dia, teríamos identificado com mais rapidez o caso do Átila.”, conta Chirlei.
A demora na fala e a falta de interação com pessoas, afligia o coração da Chirlei a ponto de procurar diversos profissionais da saúde. Ela nos conta que após tentativas constantes para identificar o caso do Átila, a colaboradora encontrou um neuropediatra que assistiu o quadro do menino. A criança faz acompanhamento pelo plano de saúde desde 2017, por meio de uma equipe multidisciplinar especializada no atendimento ao autista.
Acompanhamento especializado que também procura Thaís, mãe do pequeno Benício que conhecemos no início desta reportagem. A colaboradora do DNOCS relata que o filho tem tido melhorias significativas após ela procurar ajuda. Hoje em dia Benício fala, brinca, passeia, estuda, socializa melhor com demais pessoas e é uma criança com habilidades excepcionais, uma delas é a facilidade com o inglês. Mesmo assim, os desafios ainda são enormes. “É essencial o acompanhamento com uma equipe multiprofissional. Hoje o Benício está em uma fila de espera aguardando iniciar o tratamento pelo plano de saúde”, disse.
Mileanne Araújo Loureiro Gomes é neuropsicopedagoga, fonoaudióloga e pós-graduanda em TEA. A especialista destaca as adversidades que pessoas autistas enfrentam no cotidiano. “As grandes dificuldades quando abordamos esse tema ainda são: o preconceito, a desinformação sobre o assunto e o medo do diagnóstico. E para além dessas questões, há ainda privações de acesso às terapias adequadas. Tudo isso limita o acesso de forma igualitária ao tratamento.” disse.
De acordo com o chefe da Divisão de Gestão de Pessoas do DNOCS, Maley Cisne, a Autarquia atua no cumprimento da Lei 13.370/2016 que garante ao servidor público a redução da jornada de trabalho ao ser identificado na família filhos autistas. “A Autarquia, como integrante do poder executivo, tem feito todo esforço no sentido de facilitar a aplicação dessa regra para favorecer aos servidores na presença do acompanhamento de seus filhos nos tratamentos especializados.”, explicou. Vale ressaltar ainda que o DNOCS aplica as mesmas regras para colaboradores terceirizados.
Portanto, o DNOCS procura com essa reportagem enfatizar a importância de propagar o conhecimento sobre o TEA. A Autarquia, vinculada do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), está inserida também na política de assistência social, pois além de contribuir para o desenvolvimento do semiárido brasileiro por meio da infraestrutura hídrica, fomenta ações sociais à população.
SAIBA MAIS
Segundo dados da Universidade de São Paulo (USP), estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Mesmo assim, o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida de crianças e adultos.
Serviço de Comunicação Social
Telefone (85) 3391-5121
E-mail: comunicacao@dnocs.gov.br
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