Notícias
NOSSAS HISTÓRIAS
A saga da construção da Barragem do Patu
O Açude do Patu está localizado em Senador Pompeu/CE, a 273 km de Fortaleza. O seu Projeto data da década de 10 do século passado, mais precisamente de 1919, durante o Governo do presidente Delfim Moreira.
Os primeiros estudos realizados para a execução do projeto original da barragem foram elaborados em 1919. Já as primeiras escavações da fundação da barragem começaram no ano de 1921, através da antiga Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS), hoje DNOCS, no governo do presidente nordestino Epitácio Pessoa.
A construção foi paralisada em 1923, por ordem do Presidente Arthur Bernardes, juntamente com outras grandes obras de açudagem no Nordeste. Algumas tentativas de retomada foram efetuadas, sempre esbarrando em obstáculos. Em julho de 1984 foi concluído o Projeto Executivo, com algumas modificações no original, elaborado pela Divisão de Barragens do DNOCS. Somente depois de sessenta e um anos, as obras do Patu foram reiniciadas e, em 25 de novembro de 1987, as obras do tão sonhado Açude do Patu foram concluídas.
O sítio da barragem do Patu serviu de abrigo para os chamados “flagelados da seca”, em 1932 e 1933. O número de flagelados, como o de mortes, ainda hoje é impreciso e motivo de discussões. Alguns jornais da época dizem que eram mais de 16 mil flagelados.
O abrigo aos flagelados no Patu, no Ceará, tinha como o intuito evitar a caminhada dos flagelados até a capital cearense, para evitar o agravamento das precárias condições econômicas e sanitárias da capital Fortaleza.
Outro fato curioso, o Cemitério das Almas do Patu, assim como a Vila dos Ingleses, a Estação, o açude, o hospital e a casa de Pólvora estão protegidos no sítio Histórico de Senador Pompeu.
Administrado pelo DNOCS, o açude do Patu é uma obra hídrica de médio porte e pode armazenar até 65.103.000 metros cúbicos d'água.
O Açude Patu tem como finalidade principal o abastecimento de água da cidade de Senador Pompeu, além de auxiliar na regularização do rio Patu. A piscicultura é outro benefício decorrente da construção da barragem, além do aproveitamento das vazantes que surgiram com a formação do lago.