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91 Anos da Piscicultura do DNOCS, um trabalho desafiador que reúne conquistas ímpares
Neste dia 12 de novembro, a piscicultura do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) celebra seu 91º aniversário. Uma trajetória importante, marcada por feitos históricos e uma caminhada firme no desenvolvimento da aquicultura no Brasil. Ao longo dos anos, a piscicultura do DNOCS demonstra relevância e altivez frente a sociedade brasileira. Além de ser uma atividade econômica, que permite às pessoas empreenderem e, desta forma, gerar emprego e renda especialmente em comunidades remotas no semiárido brasileiro, a pesquisa e criação de peixes, como também a de outros animais aquáticos impactam em mercados nacionais e internacionais.
Um ponto crucial nessa história foi a criação do Centro de Pesquisa em Aquicultura "Rodolpho von lhering”, em Pentecoste/Ceará, que tem sido um farol de conhecimento, capacitando aqueles que desejam e buscam destaque nesse setor. Oferecendo cursos e treinamentos especializados, o Centro tem contribuído para o crescimento da indústria da piscicultura, qualificando centenas de profissionais ao longo dos anos.
O DNOCS faz a manutenção e a preservação da biodiversidade, povoa os novos reservatórios e repovoa os antigos, em um sistemático programa de peixamentos. Com a produção e distribuição de alevinos de espécies selecionadas (principalmente a tilápia do Nilo), também de matrizes e reprodutores de qualidade genética superior, a Autarquia incentiva a piscicultura comercial que faz do Nordeste uma das maiores regiões produtoras de peixes criados em cativeiro do país. Outra ação é a transferência de conhecimento com capacitação e treinamento de produtores, profissionais liberais e estudantes por meio de cursos, estágios, aprendizado em trabalho de campo, assessoria a cooperativa, associações de produtores e empresários.
Em comemoração aos 91 anos da piscicultura do DNOCS será realizado, no dia 27 de novembro, um curso aberto ao público em geral que deseja se qualificar na área da aquicultura. Além de piscicultores e estudantes de engenharia de pesca poderão se capacitar na área com o curso ofertado no centro de pesquisa todos aqueles que tiverem interesse no ramo da piscicultura. O chefe do Centro de Pesquisa, Alexandre Rodrigues, explica que “No curso, os participantes aprenderão sobre a técnica da hipofisação, usada na reprodução artificial de peixes, que visa a otimização da produção de peixes em escala comercial.”, disse.
Outro destaque desse mês, para comemoração dos 91 anos da piscicultura, é a reativação do Museu Rodolpho von Ihering. De portas abertas, o museu é um espaço rico em memória, exibindo a evolução da piscicultura e outras áreas de atuação do Departamento ao longo do tempo. O espaço também é aberto para visitas.
Ainda de acordo com Alexandre Rodrigues, no momento o Museu Rodolpho von Ihering conta com 17 espécies de peixes taxidermizados, sobressaindo a presença de um Pirarucu com 1,94 metros de comprimento. “Exposta no museu, digna de ser observada, está a língua óssea de um osteoglossidae. Dadas suas características ásperas, os nativos da Amazônia usam-na como ralador, especialmente para raspagem do fruto do guaraná. Podem ser vistas ainda nos fiteiros espécies de peixes aclimatados e dissecados, a exemplo de uma Curimatã Pacu (com 8 quilos), do Piau Verdadeiro, da Pescada do Piauí, do Tucunaré comum, além das Tilápias originárias do Congo e do Nilo.”, ressaltou.
De fato, o Museu é um pequeno mundo de pesquisas científicas. No local, os estudiosos encontram desde uma coleção de plantas aquáticas, devidamente classificadas, até o material necessário ao processo de hipofisação. É possível encontrar ainda, aves de hábitos aquáticos, aves predadoras de peixes e insetos predadores, todos dissecados. “A reabertura permite que o público mergulhe na história e aprecie as conquistas desta Autarquia vital para o desenvolvimento sustentável das regiões semiáridas do Brasil”, finaliza Alexandre Rodrigues.
Dentre tantas realizações, a pesca e piscicultura se destacam como uma das mais representativas, firmando-se numa base sólida, graças aos trabalhos realizados por equipes empenhadas em fazer o melhor. Com 91 anos de história e um olhar para o futuro, a piscicultura do DNOCS continua a desempenhar um papel fundamental no crescimento econômico e na preservação ambiental, enriquecendo a herança da aquicultura no país.
QUEM FOI RODOLPHO VON IHERING?
Considerado o “pai da piscicultura racional e nacional”, o gaúcho Rodolpho von Ihering foi praticamente criado dentro de um laboratório, uma ilha onde o pai, médico e naturalista, morava e na qual o jovem Rodolpho absorveu o clima favorável ao estudo da natureza.
Nascido em 17 de Julho de 1883, já aos 20 anos, o jovem começava a divulgar seus primeiros trabalhos científicos. O estudo da zoologia e da biologia foi uma constante na vida dele, bem assim o interesse despertado pelos diversos grupos de animais da nossa fauna.
Mesmo afastado das atividades científicas por um período de 10 anos, nem por isso deixou de estudar os peixes brasileiros de água doce. Em 1932, encontrou-se abraçado a uma grande causa: o desenvolvimento e a implantação das bases sólidas voltadas às atividades científicas da aquicultura. Em 15 de setembro de 1939 ele faleceu em São Paulo, após uma vida dedicada à ciência e cercado de seus colegas, amigos e admiradores.
PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO E O MUSEU
Basta enviar um e-mail para alexandre.rodrigues@dnocs.gov.br / ageu.nascimento@dnocs.gov.br / arlindo.lopes@dnocs.gov.br
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