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17 de junho: Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação
Durante muitos anos no nosso Brasil prevaleceu um sentimento de que havia no semiárido uma dolorosa e impiedosa adversária. Nela habitava angústias, desassossego e aflição. Por décadas, a seca somou números e histórias desalentadas. Os longos períodos de estiagem estimularam grupos que lutavam, determinados, em acabar com a seca, na tentativa de extinguir o sofrimento do povo sertanejo. Porém, ao lado das batalhas travadas contra a seca, houve um novo olhar para com ela. A ideia de derrotá-la deu lugar à vontade de entendê-la.
Os projetos ousados de governantes brasileiros começaram a levar em conta que a seca é um fenômeno natural, com eventos cíclicos. Na prática, admitiu-se que conviver com o semiárido é, antes de tudo, pensar em uma nova relação do sertanejo com os elementos naturais da caatinga. Desta forma, novas empreitadas, métodos e intervenções ganharam força.
No palco das descobertas subiram as novas iniciativas. Muitas delas, ações protagonizadas por meio de uma das mais importantes instituições brasileiras. Nascido com a missão de dar dignidade aos sertanejos que vivem em regiões semiáridas, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) marca, até hoje, a história do semiárido brasileiro quando se trata de desenvolver projetos que mitiguem os impactos da seca.
Neste sábado, 17 de junho, o DNOCS dá visibilidade ao Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação, focando em ações que fortalecem a permanência do homem no campo e oferta ao sertanejo novas veredas a serem percorridas. Na tentativa de outorgar esses novos caminhos de convivência com o seminário, o DNOCS é responsável pela construção de açudes, adutoras, poços profundos, estradas, pontes e outras obras de infraestrutura.
Perfuração de poços Instalação de poços com energia solar
Lembrar do Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação também é entoar a atuação do DNOCS no planejamento e na execução de ações eficazes e eficientes no nordeste e no norte de Minas Gerais. Entre as principais ações, a instalação de poços e sistemas de abastecimento de água nas localidades com escassez hídrica. Apenas nos três primeiros meses deste ano, mais de 13 mil e 500 pessoas foram atendidas com a instalação desses equipamentos.
Seguindo a mesma linha de conduzir o sertanejo a melhores condições de vida no semiárido, o DNOCS é também um precursor quando o assunto são os perímetros irrigados, sendo essa também uma das políticas mais importantes da Autarquia. Os perímetros irrigados são verdadeiros tesouros no campo. Áreas nas quais são implantados e desenvolvidos projetos públicos de agricultura irrigada. Caracterizados pela presença hídrica, canais de irrigação, solos férteis e abundante força de trabalho. Atualmente, 36 perímetros irrigados estão sob a jurisdição do DNOCS.
Ao longo de 113 anos de história, o DNOCS desenhou em solos áridos e formações rochosas, paisagens deslumbrantes. Espelhos d’água que mudaram o cenário do sertão. Ícones únicos que chegaram para ofertar água ao povo e transformar a realidade de cidades inteiras. Estamos falando das grandes obras de construção de barragens e açudes. Atualmente são 328 reservatórios monitorados pelo DNOCS. Represas de água que levam vida às comunidades e, inclusive, impulsionam a economia.
De acordo com o Diretor de Infraestrutura Hídrica do DNOCS, Hernani Júnior, o dia de hoje, 17 de junho, é uma data para ser lembrada ao lado de conquistas e desafios travados pela Autarquia. “O DNOCS, ao longo de sua existência, tem desenvolvido ações, no sentido de mitigar os efeitos provocados pelo fenômeno das secas. Há mais de um século, a Autarquia atua na construção de barragens, adutoras, perímetros irrigados, instalação de poços e de sistemas simplificados de abastecimento d'água de populações difusas. Além disso, o DNOCS atua na instalação de sistemas de dessalinização e fortalecimento da piscicultura. Desta forma é possível permitir a convivência com as secas.”, ressaltou.
Açude Castanhão/Ceará Açude Caldeirão/Piauí
Hernani Júnior, destaca ainda que “Com esses investimentos, a partir da sustentabilidade, é possível garantir o acesso à água, promover segurança alimentar, fortalecer as comunidades rurais e as tradicionais, permitindo condições para estabelecer o homem no campo.”
Por fim, cabe aqui ainda mencionar que a data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1995, propõe-se, além de discutir ações que visem diminuir os prejuízos nas regiões de clima quente e seco, dar visibilidade a um cenário que faz parte da vida de todos nós brasileiros. Haja vista que mesmo não vivendo em condições adversas, como de insegurança hídrica, é possível enxergar no outro a relevância de quem a vive.
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