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NOSSAS HISTÓRIAS
Perímetro Irrigado Curu-Pentecoste: uma contribuição para a história de progresso e desenvolvimento do Vale do Curu
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A civilização do couro e evolução da pecuária fazem parte do contexto histórico do início desta jornada
A história do Vale do Curu está permeada pelos avanços da agricultura e, principalmente, da pecuária, uma vez conhecida, no século XVIII, como civilização do couro. É deste ponto de partida que se descortinam as relações do Ceará com o homem sertanejo da região do Curu, desembocando na implantação dos perímetros irrigados, dentre eles, o que se torna personagem do Nossas Histórias de hoje, o Perímetro Irrigado Curu-Pentecoste .
A pecuária foi a atividade que mais ocupou as terras cearenses e semiáridas, nesse período. No entanto, o povoamento da região teve início ainda no século XVII, com a concessão das primeiras sesmarias entre o rio Pará, que hoje é nomeado Rio Curu, e Mundaú. Surgiu aí o núcleo Parazinho, que mais tarde, em 1868, evoluiu para o município de Paracuru. No início do século, nasceu um povoado chamado Barracão, que posteriormente passou a ser a sede de São Luís do Curu. Já o município de Pentecoste se deu por meio das instalações de pousadas ao longo do rio, que davam repouso aos vaqueiros e senhores de terras na fase de expansão da pecuária.
Segundo pesquisas da Universidade Estadual do Ceará (UECE), a agricultura começa a se destacar no sertão com o cultivo do algodão, no final do século XVIII. As terras cearenses, antes ocupadas com o gado e a agricultura de subsistência, deram lugar aos grandes algodoais. A partir de meados do século XX, os avanços das técnicas e da ciência, juntamente com todo o processo de globalização, permitiram novas formas de atuação. É importante salientar que as inovações técnicas no espaço agrário do semiárido brasileiro se deram, em grande parte, por meio da implantação dos perímetros irrigados. O governo foi o principal intermediador e, por meio de políticas nacionais e de órgãos como a SUDENE, o DNOCS, BNB e Banco do Brasil, planejou e executou os projetos de irrigação que se disseminaram por todo o Nordeste.
As obras construídas pelo DNOCS, especialmente na década de 1950, constituíram o primeiro passo na mudança do panorama socioeconômico do Vale do Curu. A regularização do regime do rio Curu, pelas barragens construídas pelo DNOCS, expandiu as áreas irrigadas com o cultivo de banana, coco, laranja, tomate, mandioca, milho e feijão. A implantação do perímetro irrigado de Curu-Pentecoste foi iniciada em 1974, sendo concluída em 1979. Conforme a geógrafa Glaudenia Lima, mestre em geografia pela UECE, “As obras do DNOCS foram, a partir do início do século passado, o principal impulsionador das transformações em toda a Bacia do Curu e, mais especificamente, nos municípios do seu Vale”.
Com a instalação do Perímetro Irrigado Curu-Pentecoste houve também a chegada de equipamentos, instalações e conhecimento técnico, que, ao serem implantados, trouxeram evolução e progresso para a região, como uma verdadeira mudança na vida das pessoas. Hoje o perímetro conta com uma área de 885,41 hectares, possui métodos de irrigação empregados aos sistemas por inundação e microaspersão e uma produção voltada para cultivo de banana, coco, cana-de-açúcar, capim, feijão, mamão, maracujá, milho, pimenta, pimentão e produtos advindos da pecuária.
CURIOSIDADES
Como surgiram os nomes dos municípios de São Luis do Curu e Pentecoste?
Com o crescimento do povoado de Barracão, veio a necessidade da construção, em 1918, de uma capelinha sob a invocação de São Luiz de Gonzaga. Em 1920, a capela ficou pronta e sua benção se deu no dia 16 de outubro. Em 1951, o povoado foi elevado à condição de cidade. O município passou a chamar-se, então, de São Luís do Curu - em homenagem ao padroeiro da cidade - São Luiz de Gonzaga - o do rio Curu, que quer dizer "lagarto" conhecido nosso por tiú ou tejo pelos cearenses. Curu, que dizer ainda, “manto feito de urtiga grande com que se enrolam os índios coroados do Paranã.
Já o município de Pentecoste, teve a sua pedra fundamental lançada pela construção também de uma capelinha, que foi dedicada ao culto de Nossa Senhora da Conceição. O povoado, que ficava localizado há poucos metros da união dos rios Canindé e Curu, recebeu então o nome de “Barra da Conceição”, em homenagem à padroeira da capela. A primeira missa realizada na capelinha da comunidade aconteceu no domingo de Pentecoste de 1864. Esse fato singular da vida cristã da comunidade da Barra da Conceição marcaria o início de sua gradativa emancipação, além de lhe conferir a denominação de Pentecoste, perpetuando naquele rincão a memória da história bíblica que celebra a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
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