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NOSSAS HISTÓRIAS
Erguida pelo DNOCS, Estação de Piscicultura Pau dos Ferros traz avanços ao Oeste Potiguar
Com 10 anos de história, a Estação de Piscicultura tem capacidade de produzir entre 6 e 8 milhões de alevinos por ano
A piscicultura é uma atividade aquícola que desenvolve o cultivo de peixes e outros organismos aquáticos. As espécies são monitoradas desde o início da vida até o momento em que atingem a condição ideal para consumo. Esta atividade cresceu muito nas últimas décadas e movimenta uma parte importante da economia do mercado brasileiro, gerando renda e alimentação digna para as pessoas. Dentro deste contexto, há dez anos, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) instalava, em Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte, uma moderna e bem equipada estação de piscicultura.
O DNOCS conta com muitas ações e estudos que desenvolvem conhecimentos tecnológicos nas áreas de recursos hídricos e de aquicultura. A região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, composto por cerca de 30 municípios, passou a valorizar a piscicultura, pelo fato de que o DNOCS, por intermédio do Projeto Sertanejo, iniciado em 1977, nessa microrregião, começou a difundir essa atividade, tanto de forma extensiva quanto de forma semi-intensiva. Assim, eram elaborados projetos agropecuários, em cujo leque, dependendo das potencialidades da propriedade rural, se implantaram projetos de piscicultura.
Voltando um pouco na história, os principais jornais da região noticiaram, há 13 anos, a visita do Diretor Geral do DNOCS ao município de Pau dos Ferros, com o objetivo de autorizar o início da implantação da Estação de Piscicultura que o Departamento construiria na região do Seridó potiguar. Saudoso, o servidor da Autarquia, Fausto Magalhães, que também foi primeiro Chefe da Estação de Piscicultura de Paus dos Ferros, nos relata o início desta jornada.
O servidor Fausto Magalhães guiou a nossa equipe de reportagem por mais uma viagem ao fortalecimento do semiárido nordestino. Caminhos de batalhas e desenvolvimento que permeiam a construção da identidade do nosso povo. Pois bem, segundo ele, a p rincípio vinham da estação de Caicó (RN) alevinos, predominantemente híbridos, depois passaram a chegar, para criações semi-intensivas, alevinos revertidos de tilápia nilótica. É importante dizer ainda que para o povoamento de açudes públicos, chegavam da referida unidade produtiva, alevinos de outras variedades, tais como: carpa, tambaqui, curimatã comum, entre outras.
“ Convém dizer que os afortunados iam pegar, em seus veículos próprios, alevinos em Caicó-RN, enquanto que os menos afortunados ficavam, sem obter alevinos para introduzir em seus açudes. Daí, um trabalho conjunto e fortificado da Unidade de Campo do DNOCS Pau dos Ferros, mudou essa realidade. Em sacos plásticos (obviamente com água e oxigênio), os alevinos começaram a chegar para pequenos produtores. Houve um ano em que se entregou mais de 500 mil alevinos de várias espécies, possibilitando a oferta de alimento de alto valor proteico, bem como a geração de renda para produtores rurais.”, relembra o servidor.
O DNOCS trazia alevinos de várias espécies para introduzir, de forma não onerosa, em açudes públicos e comunitários, com vistas a gerar renda para pescadores e alimento de valor nutricional para a coletividade. Foi buscando atender a essas demandas, e alcançar os objetivos econômico, social e nutricional, que o DNOCS concluiu a Estação de Piscicultura Pau dos Ferros, em 2012.
A Estação de Piscicultura é um moderno projeto do DNOCS, com cerca de 30 tanques, 9 mil m² de espelho d'água, tendo como fonte hídrica o açude de mesmo nome. A estação está localizada justante à barragem, com condições excepcionais de funcionamento, pois é abastecida por gravidade, evitando custos de energia.
A Autarquia proporcionou ao Rio Grande do Norte um equipamento referência para o povoamento dos açudes, ofertando espécies de peixes com alto valor comercial, impulsionando o crescimento socioeconômico para toda a região.
Curiosidades sobre a história de Pau dos Ferros
Durante muito tempo, a região do atual município de Pau dos Ferros foi habitada pelos índios panatis até que, entre finais do século XVII e início do século XVIII, vaqueiros e viajantes que cruzavam o sertão descobriram o Rio Apodi, cercado por grandes árvores frondosas, que logo passaram a servir de descanso em meio após longas e cansativas viagens. Ao longo do rio também foram organizados pontos de comércio, com a venda e marcação de gados nos troncos das árvores.
Em 1717, na época do Brasil Colônia, o senhor Manoel Negrão se tornou o primeiro donatário de uma sesmaria, posteriormente doada ao coronel baiano Antônio da Rocha Pita, proprietário de grandes terras. Com sua morte, em 1733, essa sesmaria, denominada "Pau dos Ferros", foi herdada por seus filhos, que contribuíram para o estabelecimento de um núcleo de um pequeno povoado. Mas, o grande pioneiro da história do município foi o fazendeiro Francisco Marçal, que fundou uma fazenda destinada à criação de gado e também foi o responsável pela construção de uma capela, que se tornaria a matriz de uma grande paróquia.
Em 1761, o povoado foi integrado à vila de Portalegre, distante 33 quilômetros do povoado de Pau dos Ferros. Em 23 de agosto de 1856, um projeto apresentado na assembleia provincial em Natal foi aprovado, depois de três projetos que haviam sidos rejeitados, e se transformou na lei que elevou o povoado à categoria de vila, desmembrando-a de Portalegre. O nome "Pau dos Ferros" vem de uma árvore, mais precisamente de marcas fixadas com ferro em brasa numa oiticica muito frondosa que, pela sua grande dimensão, oferecia uma farta sombra e servia de local para o repouso dos vaqueiros, que chegavam cansados de longas caminhadas.
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