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Equipe de fauna percorreu a pé mais de 750 km na rodovia BR-319 realizando o monitoramento de animais atropelados
Para saber a quantidade de animais atropelados em uma rodovia devemos seguir a Instrução Normativa 13/2013 do IBAMA, que leva em consideração dois fatores de correção.
O primeiro baseia-se na capacidade de detecção de carcaças a partir da comparação entre as taxas obtidas por meio de amostragens de carro e a pé. Essa taxa de detecção visa registrar principalmente animais muito pequenos, que dificilmente são registrados durante o monitoramento por carro.
Já o segundo, leva em consideração a taxa de remoção de carcaças, isso porque as carcaças podem desaparecer das rodovias antes de serem registradas no monitoramento da pista, devido às condições do tempo, tráfego de veículos ou pela remoção por animais carniceiros e decompositores.
Devido à grande extensão da BR-319 e a sua complexidade de ambientes, o monitoramento a pé e as campanhas especiais de acompanhamento de remoção de carcaças foram realizados em todos os segmentos da rodovia ao longo de três anos do Programa de Prevenção de Colisão de Fauna Silvestre.
As amostragens a pé, são realizadas durante as campanhas mensais de monitoramento de fauna atropelada e avistada em trechos de 1 km ou 500 m, contemplando áreas com pavimento e sem pavimento. Durante os 36 meses do programa, foram percorridos 898 trechos, totalizando 769km feitos a pé na BR-319.
Esse grande esforço de amostragem é uma estratégia para que as estimativas de atropelamento sejam realizadas de forma criteriosa e robusta, se aproximando ao máximo da realidade. Dessa forma, é possível comparar as taxas de mortalidade antes e depois do asfaltamento e, assim, acompanhar a efetividade das medidas que serão implantadas para minimizar o impacto da rodovia sobre a fauna silvestre, como passagens de fauna e cerca-guia.
Com informações do Consórcio Prosul-Mac III.