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Animais próximos a BR-290/RS estão sob monitoramento constante
Nome popular: Falsa-coral - Foto: (Oxyrhopus rhombifer)
O Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores da BR-290/RS executado constantemente pelo DNIT, por meio da gestora ambiental, registrou espécies que desempenham um papel muito importante na flora da região. Eles são responsáveis pela dispersão de sementes ao se alimentarem dos frutos e sementes e acabam dispersando esses materiais em diferentes locais, contribuindo com a manutenção da biodiversidade e regeneração de áreas degradadas.
O programa é aplicado para monitorar qualquer alteração ecológica advinda da implantação da rodovia, para monitorar as populações de alguns grupos da fauna e não só fornece uma base para se quantificar os impactos ecológicos, como também acesso às taxas de mudança. Os últimos registros foram dos Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus ); Bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans ); Falsa-coral (Oxyrhopus rhombifer) e Azulão (Cyanoloxia brissonii).
Conheça mais sobre cada uma delas:
Nome popular: Bugio-ruivo
Nome Cientifico: Alouatta guariba clamitans
Grau de ameaça: RS / BR – VU (vulnerável a extinção)
Os bugios possuem a capacidade de viver em fragmentos florestais e habitats próximos a populações humanas. A longo prazo, esses animais ficam vulneráveis a caça, doenças, atropelamentos, predação, escassez de recursos alimentares e “depressão” por endocruzamento (cruzamento de indivíduos com elevado grau de parentesco). Além disso, as populações em fragmentos são mais suscetíveis à extinção, pois os impactos têm um peso maior em populações pequenas.
Sendo raramente vistos no solo, utilizam suas caudas preênseis para a locomoção nas copas das árvores. Sua dieta, assim, é rica em folhas e flores.
Para a conservação da espécie, é necessário manter uma população mínima viável. Sua importância ecológica é notável, uma vez que são dispersores de sementes e desempenham um papel importante na distribuição de espécies arbóreas e na regeneração florestal. Algumas sementes só germinam após passarem pelo sistema digestório de algum vertebrado. Assim, ao ingerirem as sementes, os bugios dispersam e quebram a dormência das sementes e, ao defecarem, as leva para longe da planta-mãe.
Nome popular: Graxaim-do-mato ou cachorro-do-mato.
Nome cientifico: Cerdocyon thous
Grau de ameaça: RS / BR – LC (pouco preocupante)
É o canídeo brasileiro mais conhecido, sendo generalista e oportunista. Sua alimentação é onívora - se alimenta de camundongos, insetos, frutos, e também de restos de comida humana.
Atualmente, as principais causas de mortalidade de graxains são os atropelamentos, o contágio de doenças provenientes de animais domésticos, a perseguição dos canídeos por atacar criações de animais domésticos e envenenamento por pesticidas.
Nome popular: Falsa-coral
Nome científico: Oxyrhopus rhombifer
Grau de ameaça: RS – LC (pouco preocupante)
É considerada a espécie de falsa-coral mais comum e não é peçonhenta. Ela mimetiza o padrão de cores da cobra-coral verdadeira (Micrurus altirostris), que apresenta sua coloração preta, vermelha e branca em padrão de listras. A falsa-coral possui anéis negros incompletos com aspecto triangular, na zona vertebral possui manchas amareladas, nos lados possui manchas vermelhas e o ventre é da cor branca. Se diferencia da verdadeira coral devido a não apresentar o padrão anelado das manchas negras e por apresentar o ventre claro.
Nome popular: Azulão
Espécie: Cyanoloxia brissonii
A espécie chama atenção por possuir um canto sonoro e melodioso, emitindo um canto diferente no crepúsculo e pela madrugada. O macho tem a coloração azul-escura, com algumas partes azuis brilhantes; enquanto as fêmeas e os filhotes são totalmente pardos com as partes inferiores claras.
Grau de ameaça: INTER – LC (pouco preocupante)