Termos e Definições BIM
Em 1993, algumas das principais empresas do setor de construção do Estados Unidos da América iniciaram ações com o objetivo de implementar novas tecnologias da informação para a indústria da construção, sendo constituído, para tanto, a Industry Alliance for Interoperability em 1994. O referido grupo tornou-se uma organização pública no ano de 1996, alterando o seu nome para International Alliance for Interoperability - IAI, passando a promover o Industry Foundation Classes - IFC. Associado a isto, conceituada como uma autoridade internacional na regulação do IFC, os esforços da buildingSMART são focados no adequado compartilhamento de informações ao longo do ciclo de vida de um modelo entre todos os participantes, independentemente do software que estejam utilizando. Além disso, a buildingSMART fornece suporte para o avanço do BIM e a implementação de padrões internacionais através de uma variedade de serviços, incluindo sites técnicos, documentação para desenvolvedores de softwares e grupos de discussão técnica.
O BCF é um formato de colaboração utilizado para otimizar a comunicação no processo BIM, em especial entre o Modelador BIM e o Coordenador BIM. Trata-se de um padrão, não proprietário, proposto pela buildingSMART como forma de criar um fluxo de trabalho que permita a comunicação eficiente entre os Modeladores BIM e Coordenador BIM, visando maior agilidade no processo de modelagem de projetos. |
B |
Compreende o processo de detecção, comunicação e resolução de conflitos, observados ao longo de um modelo, referente a uma disciplina de projeto e em conjunto interdisciplinar. Este processo, portanto, é composto pelas plataformas de modelagem utilizadas (Ex. Revit, Aecosim, etc.), os modelos formados gerados para plataformas OpenBIM IFC, os softwares especializados para disciplinas específicas (estruturas, drenagem, instalações, etc.) e, ainda, por software especializado para integração dos IFCs que permita a verificação da modelagem. O processo para a verificação de modelos, detecção de conflitos e gestão de mudanças são dados através dos fluxos dos arquivos IFC e arquivos BCF e estabelecem, portanto, a compatibilização de projetos em nível disciplinar e interdisciplinar, minimizando esforços oriundos de interferências observadas em fases avançadas de projeto. Determina-se, ainda, para este processo o estabelecimento de um conjunto de parâmetros e regras caracterizados em respeito à relevância do conflito observado (alta, média ou baixa).
Para dar suporte às necessidades de colaboração e comunicação entre os envolvidos nos trabalhos BIM, a ISO 19560 descreve o CDE como uma plataforma necessária para o compartilhamento de informações do processo de entregas dos produtos desenvolvidos através da metodologia BIM. Assim, o CDE é definido como a única fonte de informações para qualquer projeto, usado para coletar, gerenciar e disseminar toda e qualquer informação relevante aprovada para equipes multidisciplinares e em um processo gerenciado. |
C |
O IFC refere-se à uma especificação (esquema) neutra/aberta e a um "formato de arquivo BIM" não proprietário desenvolvido pela buildingSMART. A maioria dos aplicativos BIM suportam a importação e/ou exportação dos arquivos IFC.
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F |
O termo “maturidade BIM”, segundo SUCCAR, B., contempla a qualidade, repetibilidade e o nível de excelência dos serviços em BIM. Desta forma, a maturidade BIM define a capacidade mais avançada de executar uma tarefa ou de fornecer um serviço em BIM. Sendo assim, por meio do cálculo de maturidade que se torna possível estabelecer se os usos BIM são realmente atingidos pelo processo de implementação. A maturidade BIM, conforme adaptação dos conceitos fornecidos por SUCCAR, B., para a realidade da autarquia no que se refere a implementação BIM possui 5 (cinco) níveis, respectivamente: a) Nível de Maturidade A – Inicial: A implementação BIM caracteriza-se pela ausência de estratégia global e de políticas e processos definidos. As ferramentas de software BIM são implantadas de forma não sistemática e sem preparações e investigações prévias adequadas. A adoção do BIM é alcançada através de esforços individuais, sem apoio ativo da gestão. O trabalho colaborativo ocorre com pouco ou nenhum processo ou fluxo pré-definido por guias, normas ou protocolos de intercâmbio; b) Nível de Maturidade B – Definido: A implementação BIM orienta-se através do conjunto de gerentes sênior. Os processos e políticas para contratação e análise de projetos em BIM são bem documentados e as inovações dos processos BIM são reconhecidas, apesar de não exploradas. A atividade individual começa a diminuir com o aumento de competência sendo, porém, a produtividade da equipe ainda imprevisível. As diretrizes básicas para contratação e análises em BIM estão disponíveis, incluindo padrões de entrega, fluxos de trabalho e manuais de treinamento. Os treinamentos são bem definidos e normalmente ministrados quando necessário. A colaboração começa a evoluir seguindo guias de processo predefinidos e protocolos de intercâmbio; c) Nível de Maturidade C – Gerenciado: A visão para implementar o BIM é comunicada e compreendida pelos agentes envolvidos. A estratégia para implementação é acompanhada de planos de ação detalhados e monitorização da informação. O BIM é reconhecido como uma série de mudanças de tecnologias, processos e políticas que precisam ser monitoradas sem prejuízo para a inovação. As funções são institucionalizadas e as metas de desempenho são determinadas de forma consistente. A análise de projetos em 2D e 3D, bem como a avaliação de quantitativos, especificações e propriedades dos modelos tridimensionais avaliados têm seu gerenciamento por planos de qualidade e normas; d) Nível de Maturidade D – Integrado: A implementação BIM é integrada em canais organizacionais, estratégicos, gerenciais e comunicativos. A implantação e escolha de softwares seguem objetivos estratégicos referentes a contratação e análise de projetos. O conhecimento integra-se em sistemas organizacionais estando armazenado, acessível e facilmente recuperável. A produtividade é previsível. As normas e critérios de desempenho BIM integram-se no sistema de melhoria e gestão de desempenho de qualidade; e e) Nível de Maturidade E – Otimizado: Os agentes envolvidos no processo têm interiorizada a visão BIM e permanecem engajados. A estratégia de implementação BIM é continuamente revista e alinhada com outras estratégias, a seleção de ferramentas de software é revista continuamente para melhorar a produtividade e alinhar com os objetivos estratégicos. Os modelos de contratação são modificados para melhorar as práticas e trazer valor às partes interessadas. Os valores de referência são constantemente revisitados para garantir um sistema de gestão da qualidade em processos, produtos e serviços.
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N |