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Qualidade da água é monitorada nas obras da BR-285/RS/SC
Uma das preocupações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) durante a implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, entre São José dos Ausentes (RS) e Timbé do Sul (SC), é evitar impactos negativos sobre os recursos hídricos da região. Por esse motivo, a cada três meses, a equipe de Gestão Ambiental do DNIT coleta amostras para verificar os níveis de qualidade da água e se há alguma influência do empreendimento.
Em janeiro foi realizada a segunda campanha no Lote 2, em Santa Catarina, onde foram monitorados os rios Rocinha e Seco (afluente do Serra Velha), os quais são diretamente interceptados pela rodovia. De acordo com a equipe de Supervisão Ambiental, as análises comparativas não indicaram a presença de impactos negativos das obras na qualidade da água.
Seguindo as orientações do Plano Básico Ambiental (PBA), as medições e coletas ocorrem em pontos localizados acima (montante) e abaixo (jusante) das obras para comparação dos resultados. Alguns componentes e características são avaliados ainda em campo, por meio de aparelhos específicos, e os demais são medidos em laboratório. Tais parâmetros dividem-se entre físicos, como a temperatura da água e os graus de acidez e turvação; químicos, como o oxigênio dissolvido; e microbiológicos, que são as bactérias.
Conforme o engenheiro agrônomo da Gestão Ambiental, Lauro Bassi, a seleção dos itens leva em conta as possíveis fontes de contaminação e seus impactos associados. Como exemplo ele cita a possibilidade de vazamentos de óleos e graxas das máquinas, o tratamento inadequado de esgoto e a geração de sedimentos ocasionada pela erosão, que podem produzir diferentes resíduos que, se não forem tomadas as medidas preventivas, podem chegar até os arroios, rios, lagoas e banhados.
O monitoramento é importante pois através dele é possível, além de verificar se as obras estão impactando na qualidade da água, tomar medidas de correção dos problemas. A periodicidade trimestral busca, entre outros aspectos, acompanhar a interferência da variação climática ao longo do ano que pode influenciar na intensidade e variabilidade das atividades do empreendimento.
Os resultados permitem ainda calcular o Índice de Qualidade da Água (IQA), o qual classifica a qualidade da água em ótima, boa, razoável, ruim e muito ruim. De acordo com a equipe de Supervisão Ambiental, os resultados iniciais apontaram que a água nos pontos monitorados apresenta um IQA “bom”, podendo, conforme padrões estabelecidos na Resolução nº 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), ser utilizada para fins como consumo humano-após tratamento convencional, recreação, irrigação, pesca, entre outros.