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Governo Federal inaugura Ponte de Laguna, em Santa Catarina
Três anos depois de assinar a Ordem de Início dos Serviços, a presidenta Dilma Rousseff retornou esta quarta-feira (15/07) a Santa Catarina para inaugurar a Ponte Anita Garibaldi, a maior estrutura elevada da duplicação da BR-101 no estado, obra sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e Ministério dos Transportes. Acompanhada do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e do Diretor Executivo do DNIT, Gustavo Adolfo de Sá, entre outras autoridades, a presidenta abriu ao tráfego a ponte construída sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, ao Sul do estado.
A estrutura substitui a atual travessia em pista simples e elimina um grande gargalo existente na BR-101/SC. Recentemente duplicada, a rodovia apresentava tráfego lento em Laguna devido ao afunilamento, uma vez que a travessia neste trecho era feita em pista simples, insuficiente para suportar o tráfego de cerca de 25 mil veículos por dia. Trata-se de uma obra de grande importância para a região e para o Estado, pois o local atrai muitos turistas, tanto nacionais quanto internacionais. A rodovia BR-101 é o principal corredor de acesso aos países do Cone Sul integrantes do Mercosul e a principal ligação rodoviária entre São Paulo e Buenos Aires.
“Conseguimos realizar essa ponte porque superamos entraves que existem na infraestrutura do país. Temos que ter no Brasil uma infraestrutura de qualidade para desenvolver indústria e garantir emprego e segurança no tráfego”, disse a presidenta.
O ministro Antônio Carlos Rodrigues ressaltou que “A ponte é uma grande conquista para o estado e para toda região Sul. A ponte faz parte das obras de duplicação da BR 101, uma das mais importantes rodovias brasileiras”.
Incremento à economia
Obra integrante do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, a Ponte Anita Garibaldi é a primeira ponte estaiada em curva do país e representou um investimento do Governo Federal, por intermédio do DNIT, da ordem de R$ 777 milhões. Possui 2.830 metros de extensão, sendo 400 metros no vão central com estais (cabos); dois mastros de sustentação com 63 metros de altura; 136 estacas escavadas com diâmetro de 2,50m. Em sua construção foram utilizadas 20.000 toneladas de aço, 100.000 m³ de concreto e 251.500 m² de forma. Importando tecnologia diretamente da Europa, o empreendimento contou com a maior treliça lançadeira do Brasil, de 132 metros de comprimento.
Além de incrementar o turismo, a construção da ponte Anita Garibaldi melhora a logística de transporte de cargas, trazendo benefícios diretos para ao menos seis municípios – Laguna, Imbituba, Tubarão, Imaruí, Jaguaruna e Capivari de Baixo – e indiretos para a região como um todo. Em paralelo à obra da ponte, o DNIT executou a dragagem do Canal de Laranjeiras, gerando reflexos positivos para a atividade da pesca na região de Laguna.
Outras obras também foram realizadas para atender às comunidades, a exemplo da pavimentação de ruas, avenidas e acessos a áreas comerciais, além do Acesso à Comunidade de Cabeçudas e à Barranceira. Com o mesmo objetivo, foi construída uma passarela.
Logística buscou minimizar impacto sobre meio ambiente
A construção da Ponte Anita Garibaldi agregou o uso de tecnologias inovadoras. A logística foi cuidadosamente planejada com um rigoroso controle da operação de forma a minimizar o impacto sobre a fauna, flora, o patrimônio arqueológico e os recursos hídricos da região. O empreendimento chegou a ter 1.900 funcionários envolvidos, trabalhando dia e noite para que a obra fosse concluída em tempo recorde.
A exemplo de toda a duplicação da BR-101 em Santa Catarina, concomitante às obras da ponte, o DNIT executou 14 Programa Socioambientais, entre eles o de Educação Ambiental e o de Comunicação Social destinados aos trabalhadores e às comunidades e escolas impactadas pelo empreendimento. Equipes de Educação Ambiental e de Comunicação Social realizaram oficinas para 780 trabalhadores, 205 moradores e para 1.277 alunos de escolas do entorno, proporcionando, através das atividades, um novo modo de olhar a construção da ponte, conhecendo e entendendo melhor o ecossistema da região e as medidas de preservação e mitigação ambientais.
Fonte Vídeo: Blog do Planalto / 2014