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Ponte Binacional Franco-Brasileira é aberta ao tráfego neste sábado (18)
Uma cerimônia simbólica, realizada na manhã deste sábado, 18/03, marcou a abertura da Ponte Binacional do Rio Oiapoque, na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. Estiveram presentes na solenidade uma delegação francesa composta pela
ministra do Meio Ambiente Segolene Royal, autoridades militares, além dos prefeitos de Saint-Georges e da Guiana Francesa.
Representano o Brasil estavam o
governador do Amapá, Waldez Góes, a prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, o Diretor-Geral do DNIT, Valter Casimiro Silveira, além de senadores, deputados do estado e membros da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Fruto de Acordo de Cooperação entre o Brasil e a França, a construção da ponte ligando Oiapoque, município brasileiro localizado no Amapá , e Saint-Georges, na Guiana Francesa,visa o desenvolvimento econômico na região de fronteira franco-brasileira. Com a abertura ao tráfego, o estado do Amapá se torna o único Estado Brasileiro ligado via terrestre à União Europeia, o que permite novas rotas de exportação e importação de mercadorias e o aquecimento na economia local.
A partir da segunda-feira, 20/03, podem trafegar pela estrutura somente veículos de passeio, estando ainda proibido o transporte de cargas, o que segundo o governo brasileiro deve acontecer até o meio do ano. Inicialmente será obrigatório para os carros brasileiros o pagamento do seguro em valores que variam de 250 euros (R$ 850,00) a 450 euros (R$ 1,5 mil), dependendo do carro. Os viajantes do Brasil precisarão tirar o visto de viagem e portar carteira internacional de motorista.
A obra
O projeto da construção da ponte teve suas características preliminares definidas por meio de decreto celebrado em 2005. Em 2006, o DNIT iniciou o processo de licitação visando a seleção de empresa para elaboração de Projeto Básico de Engenharia para construção da Ponte sobre o Rio Oiapoque e Acessos, projeto concluído e aprovado em outubro de 2008. No ano seguinte, foram concluídos o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, também contratados pelo DNIT, que confirmaram a viabilidade da obra do ponto de vista ambiental, social e econômico.
O DNIT iniciou, em 2009, a construção da
ponte
, que foi concluída em novembro de 2012, ao custo de R$ 71 milhões. A
ponte
tem comprimento total de 378m e é composta por um tabuleiro estaiado com comprimento de 345m. Longitudinalmente, a
ponte
é constituída por três vãos, sendo o vão principal medindo 245m e dois outros vãos medindo 50m. Os gabaritos de navegação adotados para o local têm largura de 50m e altura livre de 15m, no meio do vão estaiado.
A plataforma tem largura de 13,70m, sendo constituída por um passeio para pedestres, com largura de 2,52m, e por uma pista 9,0m, abrigando duas faixas de 3,50m, e duas faixas de segurança de 1,00m cada. Também constituem o tabuleiro duas defensas e uma mureta lateral.
Após a construção da ponte sobre o rio Oiapoque, o DNIT deu início às obras das instalações de fronteira, que abrigam a Receita Federal, Polícia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, para viabilizar as operações da aduana. As obras foram concluídas em 2015, ao custo de R$ 15,8 milhões.
Fase atual
Atualmente, o DNIT executa as obras do Pátio Aduaneiro, além dos serviços de iluminação, instalações elétricas, destacando-se ainda a parte de infraestrutura urbana, como passeios de pedestres para circulação da população através da ponte binacional. As obras deverão ser concluídas ainda neste semestre, ao custo de R$ 14,7 milhões.
O DNIT também licitou, no final de 2016 a pavimentação de 100 quilômetros na BR-156, trecho que fará a ligação da ponte até o município de Cachoeiro de Santo Antônio. As obras deverão ser iniciadas após a conclusão do processo de licitação.
18/03/2017
ASCOM/DNIT