Notícias
Pagot discute investimentos em rodovias, ferrovias e hidrovias
Diretor-geral do DNIT afirma que é necessário mudar matriz de transporte do país
Publicado em
29/06/2011 15h15
Atualizado em
25/05/2015 07h48
Diretor-geral do DNIT afirma que é necessário mudar matriz de transporte do país
Depois de apontar os avanços na área de transporte rodoviário e destacar a ampliação dos investimentos no modal ferroviário e hidroviário, o diretor geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, defendeu a mudança da matriz de transporte no país, que é basicamente rodoviária, para atender o crescente aumento da carga transportada e tornar os produtos brasileiros mais competitivos. “Além do aumento da produção do agronegócio, temos ainda o transporte de minério, com quase 40% passando por nossas estradas. A parte rodoviária vai atender, mas o fundamental, em nosso caminho, é a mudança na matriz de transporte”, avaliou Pagot, durante a solenidade de reinstalação da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), nesta quarta-feira (29/06), na Câmara dos Deputados.
O diretor geral do DNIT lembrou o potencial hídrico do Brasil e enumerou os investimentos previstos pelo Governo Federal, de R$ 2,7 bilhões entre 2011 e 2014, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. ”São cerca de R$ 300 milhões na hidrovia do São Francisco, R$ 150 milhões na hidrovia do Tocantins, R$ 650 milhões para a hidrovia Tietê-Paraná, além de investimentos em estudos e projetos”, relatou. Pagot observou que um investimento de R$ 12 bilhões na hidrovia Tietê-Paraná, nos próximos anos, poderia representar um salto de 5 milhões de toneladas transportadas por ano para 30 milhões de toneladas, na região de maior crescimento econômico do país, e a custos bem mais baixos do que os de construção de rodovias. “Precisamos de um transporte mais competitivo, que é o hidroviário”, pontuou.
A aprovação do Plano Nacional de Viação Ferroviária, em 2009, representou, na avaliação do diretor geral do DNIT, um novo cenário de implantação ferroviária no país. Ao citar as ações em andamento nas ferrovias Transnordestina, Norte-Sul e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, Pagot ressaltou a necessidade de investimentos em armazenagem nos pontos de entroncamento das ferrovias e destas com rodovias. “Em inúmeras regiões, na época das grandes safras, sofremos com a falta de armazéns. Precisamos por foco em um programa de armazenagem para sair daqueles atuais 15% de armazenamento em nível de fazenda”, frisou. No seu entendimento, para que isso ocorra é necessário contar com custeio adequado na forma de financiamentos com juros compatíveis e de longo prazo.
Para o diretor geral do DNIT, as rodovias brasileiras apresentaram um bom avanço com a retomada dos investimentos em manutenção após muitos anos de recursos baixíssimos. “Estamos com 65% de rodovias em estado bom e satisfatório e 15% em situação ruim, situação que deverá ser superada até 2014”, previu. Segundo informou, o DNIT investe uma média de R$ 5 bilhões ao ano em manutenção, recursos que considera suficientes para manter a qualidade das estradas. Citando o Plano Nacional de Logística de Transportes – PNLT, observou que o país necessitaria de 10 eixos estruturantes duplicados no modal rodoviário mas, em função dos recursos disponíveis, conta com dois eixos.
Criada em 2009, a Frenlog tem como objetivo agregar parlamentares para avançar nas proposições legislativas que visem melhorias na infraestrutura brasileira.
29/06/2011
ASSESSORIA DE IMPRENSA/DNIT