Notícias
Indígenas participam de projeto com abelhas nativas
Atividade é parte de Programa Ambiental da duplicação da BR-116/RS
Através do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas (PBAi), o DNIT é responsável pela implementação de diversas ações de compensação dos impactos das obras de duplicação da BR-116/RS sobre as oito comunidades Mbyá-Guarani presentes na área de influência do empreendimento. O Programa é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), vinculada à UFSC. Uma dessas ações, integrante do Subprograma de Apoio às Atividades Produtivas, é o incentivo ao desenvolvimento da meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão) nas aldeias. Para isso, técnicos da Fapeu, lideranças e agentes ambientais indígenas resgatam os conhecimentos tradicionais dos Guarani sobre as abelhas nativas, visando a criação e manejo em caixas para a produção de mel.
Um grupo de indígenas e técnicos da Fapeu visitou recentemente a unidade da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) de Maquiné, no Litoral Norte do RS. No local, a ONG Ação Nascente Maquiné (Anama) desenvolve um trabalho de fomento de práticas que aliam geração de renda à conservação da biodiversidade, como a meliponicultura, junto a pequenos produtores rurais. O grupo foi acompanhado pela coordenadora técnica geral do PBAi, Juliana Roscoe, e pelo engenheiro do DNIT/RS, Hiratan Pinheiro da Silva. No local, os Mbyá observaram a criação em caixas de quatro espécies de abelhas nativas. Também visitaram viveiros de produção de mudas e receberam informações do biólogo Gabriel Poester, da Fapeu, especialista em meliponicultura.
“Estamos felizes, porque nosso Programa não se resume apenas em cumprir o PBAi, temos técnicos que são criativos e se esforçam na busca de alternativas que contribuam para a autonomia das comunidades indígenas”, salientou Juliana Roscoe. Já o cacique da comunidade de Arroio do Conde, Santiago Franco, destacou a importância do mel para os Guarani, como alimentação, uso medicinal e em cerimônias religiosas. Também salientou a importância do manejo dessas abelhas em caixas em função da destruição das matas e a consequente escassez dos enxames.
30/10/2013
ASSESSORIA DE IMPRENSA – BR-116/RS