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I Seminário Internacional de Segurança Viária discute os seis pilares do Pnatrans
Foi realizado no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o I Seminário Internacional de Segurança Viária. Um dos objetivos do evento, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), foi consolidar as ações previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) para a redução da mortalidade no trânsito, conforme meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Alguns dos destaques das palestras foram a Gestão da Segurança no Trânsito pilar 1 do Pnatrans e pilar 2 Vias Seguras.
Julio Pellizzon, Coordenador de Multas e Educação para o Trânsito do DNIT, participou da abertura do evento ao lado do Ministro Substituto do Ministério da Infraestrutura (MINFRA), Bruno Eustáquio de Carvalho, do Secretário Nacional de Trânsito (MINFRA), Frederico Carneiro, do Secretário Nacional de Transportes Terrestres do MINFRA, Felipe Queiroz, do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Cristiano Dellajustina e do diretor-geral Substituto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Marco Antônio Territo.
Na ocasião, Julio afirmou que o DNIT desenvolve ações para melhorar a segurança viária por meio de classificação de rodovias (metodologia iRAP), pelo controle de velocidade nas rodovias federais e controle de pesagem, pela manutenção e restauração das rodovias, além das ações de educação para o trânsito. Ele ainda defendeu que os esforços para salvar vidas devem ser conjuntos, como afirma o Pnatrans que apresenta uma mensagem simples de que os órgãos e entidades de trânsito devem se unir para salvar o maior número de vidas.
O segundo dia foi dedicado aos pilares 4 e 6 do Pnatrans: Educação para o Trânsito e Normatização e Fiscalização, respectivamente.
Dra. Luciana Lorio, a primeira convidada, participou de forma remota e trouxe o tema “O papel do Fórum Global para Segurança Viária na implementação e fortalecimento dos instrumentos jurídicos da ONU sobre segurança viária” e destacou o avanço automotivo e o papel do ser humano. “Todos sabem que os sinistros nas vias são causados por erros humanos, mas os sistemas automatizados vão corrigir os erros humanos e a mobilidade segura será alcançada (nas cidades do futuro). Mas para isso será necessário que esses sistemas funcionem dentro do escopo jurídico, de acordo com a legislação de trânsito para caso ou quando falharem, eles sejam responsabilizados”, disse Luciana.
O terceiro e último encontro do I Seminário Internacional de Segurança Viária trouxe os pilares 3 e 5 do Pnatrans.
O seminário contemplou os cuidados com acidentados em decorrência de sinistros de trânsitos. A palestra trouxe informações sobre a atenção às vítimas no Plano Global para a década de ação pela segurança no trânsito 2021-2030. Ricardo Nunez, membro da Organização Panamericana da Sáude (OPS), disse que em se tratando de sinistros de trânsito “o melhor é prevenir do que deixar acontecer de fato”. Ele também salientou que quando os sistemas de saúde proporcionam atendimento de emergência de forma adequada, os resultados alcançados são positivos e estima-se que mais de 1/3 das mortes causadas por traumatismo poderiam ser evitadas nos países de acordo com seus atos, e que portanto, as emergências não deveriam ser somente um tema prioritário, mas também estar na Agenda (política).
A mesa formada por Heloísa Silva (MS) e Juliana Leão (SES DF) debateu o tema “A rede de atenção às urgências no Brasil e no Distrito Federal” segundo os desafios e perspectivas para o alcance das metas do Pnatrans”.
O pilar 3, da segurança viária, teve como palestrante David Ward, da Towards Zero Foundation. David abordou “O papel da segurança automotiva na segurança viária” e falou que as Nações Unidas apoiam dois paradigmas fundamentais de segurança, o Safe System Approach e o Avoid Shift Improve. Ambos modelos trazem uma abordagem mais holística de segurança veicular. E para isso, é necessário ter uma nova forma de planejar. “Ter uma visão (aonde se quer chegar), reduzir a praticamente zero o número de mortes até 2030 para que os “desenvolvedores” de políticas conheçam os objetivos, e possam desenvolver intervenções e soluções criativas para alcançar. Ao decidir prioridades, o político pode “vender” e a comunidade pode “comprar” e se engajar”.
A mesa redonda, ainda dentro desse pilar, teve como tema “Sociedade demanda por segurança nos seus veículos?” e como debatedores Alejandro Furas (Latin NCAP), Glenda Lustosa (Programa Rota 2030) e Walter Nissler (WP 29/ UNECE).
O workshop sobre a “Agenda Permanente de Segurança Viária” ficou a cargo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Se você perdeu a transmissão do Seminário, acesse o canal do MINFRA no Youtube pelos links:
Dia 1: https://www.youtube.com/watch?v=-qvp4XirZXk