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INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Finalizadas obras de emergência no trecho da BR-259, que liga Colatina a Baixo Guandu
Após nove meses de trabalho o DNIT finalizou as obras do quilômetro 79 da rodovia 259, localizado entre os municípios de Colatina e Baixo Guandu. Foram cerca de R$ 7,2 milhões investidos para deixar o local em perfeitas condições de tráfego e segurança.
As obras foram realizadas em caráter emergencial, após a ruptura da encosta do maciço rochoso deste trecho, que provocou o deslizamento de mais de três mil toneladas de pedras sobre a pista e a consequente interdição total do trânsito em uma das principais rodovias federais do estado.
O acidente natural aconteceu no dia 06 de fevereiro e no dia 27 do mesmo mês as obras já haviam sido iniciadas com as detonações das rochas de grande porte que bloqueavam a passagem de veículos. "Todo o processo ocorreu de forma célere e em curto espaço de tempo, desde o projeto, passando pela licitação, até a contratação.", destacou André Martinez.
Os blocos de rochas foram removidos com diversas técnicas, convencionais e não-convencionais e, como havia indícios claros de que a encosta continuaria rompendo, a Coordenação de Engenharia do DNIT, liderada pelo engenheiro Renan Guzzo, concluiu que seria necessário realizar uma obra de estabilização.
Também foram feitos estudos geológicos e geotécnicos, para subsidiar o projeto executivo e garantir a segurança da obra. A conclusão desses estudos foi que o projeto básico precisava de complementação estrutural. Por isso, foram utilizados contrafortes, colunas de concreto em alinhamentos principais, junto à tirantes, para garantir a rigidez necessária da frente da encosta, de acordo com as informações do engenheiro Renato Prandina, fiscal do contrato.
“As sondagens nos mostraram que haviam fraturas em excesso no interior das rochas, espalhadas de forma caótica, e precisávamos garantir que o maciço rochoso não se deslocasse. Por isso a decisão de usar contrafortes. Esse foi o caminho mais crítico da obra, pois as máquinas precisaram se adaptar a essas rochas fraturadas. Essa baixa produtividade do maquinário acabou gerando conflitos entre usuários e os funcionários, já que houve uma série de invasões do canteiro de obras e do não atendimento ao operador de pare-e-siga”, explicou Prandina.
Depois de concretados os contrafortes e a superfície, foi feita a recuperação do pavimento danificado, bem como a limpeza da pista.
Apesar da alta complexidade de todas as etapas da obra, o DNIT não registrou nenhuma fatalidade com motoristas ou funcionários e, ainda, conseguiu economizar R$ 1,3 milhões aos cofres públicos, já que o projeto original estava estimado em R$ 8,5 milhões.
ASCOM/DNIT/NCS/ES